[colombiamigra] Fw: [NIEM] Brasil - imigração

  • From: "william mejia" <dmarc-noreply@xxxxxxxxxxxxx> (Redacted sender "wmejia8a" for DMARC)
  • To: Colombiamigra <colombiamigra@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Thu, 24 Mar 2016 19:18:20 +0000 (UTC)



     
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 From: "'niem.migr' NIEM.migr@xxxxxxxxx [niem_rj]" <niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx>
 To: niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx 
 Sent: Monday, March 7, 2016 5:29 PM
 Subject: [NIEM] Brasil - imigração
   
    


http://oglobo.globo.com/rio/refugiados-encontram-dificuldades-para-exercer-sua-profissao-de-origem-18816161



Refugiados encontram dificuldades para exercer sua profissão de origem

Mais de 1.300 estrangeiros bateram à porta da Cáritas Arquidiocesana do Rio 
desde 2014
por Simone Candida06/03/2016 6:00/Atualizado 06/03/2016 8:10
Pintores, os colombianos Leonardo e Ninibe chegaram de carro - Ana Branco / 
Agência O Globo De 2014 para cá, 1.332 estrangeiros bateram à porta da Cáritas 
Arquidiocesana do Rio de Janeiro, órgão da Conferência Nacional dos Bispos do 
Brasil (CNBB) que presta assistência humanitária a refugiados. A maior parte 
deles — 38,81% — fugiu dos conflitos na República Democrática do Congo. 
Chegando aqui, a realidade é dura: poucos conseguem trabalhar na profissão que 
exerciam em seus países de origem.A estilista congolesa Claudine Mideda contou 
com a sorte para superar essa dificuldade. Dona de um ateliê em Katanga, viu-se 
obrigada a abandonar tudo após ser jurada de morte por um grupo armado. Depois 
que se estabeleceu em terras cariocas, arranjou emprego de faxineira na 
rodoviária de Campo Grande. Mas sua vida mudou novamente em novembro do ano 
passado, quando já havia perdido a esperança de voltar a trabalhar com moda. 
Naquele mês, ela recebeu uma doação: uma máquina de costura. E, aos poucos, 
retomou a antiga atividade.ADVERTISEMENTClaudine fez vários modelos inspirados 
no Brasil, mas são as saias e os vestidos com panos africanos, que começou a 
produzir este ano, que passaram a alimentar sua esperança de abrir seu próprio 
negócio no Rio.A congolesa ainda dá expediente na rodoviária, e, quando não 
está vestindo o uniforme do trabalho, só usa as roupas coloridas que costura.— 
Meu sonho é voltar a ter um ateliê. Após a Cáritas divulgar pelo Facebook que 
produzo roupas, muita gente me procurou — diz Claudine, que, em seu país, 
integrava uma organização que tentava afastar jovens da luta armada.Saudades da 
famíliaEm poucos dias, Claudine vendeu 12 vestidos e uma dezena de saias. Hoje, 
ela já tem uma lista de espera de interessados em comprar suas roupas com 
desenhos étnicos. Os tecidos são importados da África. Os vestidos custam R$ 
100 e, as saias, R$ 90. Para organizar as vendas, Claudine criou uma página no 
Facebook, a Heno-Tshio.— É o nome de um dos meus três filhos — conta ela, que 
deixou os jovens sob os cuidados da mãe, na África. — Só nos falamos por 
telefone. Dá muita saudade.Congolesa, Claudine virou faxineira da rodoviária de 
Campo Grande, mas as roupas que produz com tecidos africanos já conquistam 
clientes cariocas - Ana Branco / Agência O Globo Entre os latino-americanos que 
procuraram a Cáritas no ano passado está o casal colombiano Ninibe Forero e 
Leonardo Ruge. Os dois percorreram 14 mil quilômetros de Bogotá até o Rio num 
carro popular, acompanhados pelos três filhos. Foram nove meses até 
estacionarem aqui, onde pedem asilo político desde o fim do ano passado. A 
família vive num abrigo oferecido pela Igreja Católica. Apesar das 
dificuldades, Ninibe e Leonardo nunca deixaram de exercer sua profissão: os 
dois são pintores.— Desde que chegamos ao Rio, vendemos seis quadros pequenos e 
apenas um grande. Trouxemos um bom material, incluindo tintas e telas, para 
produzirmos um bom número de obras, mas precisamos de um lugar para exibir 
nossos quadros, o que é complicado — afirma Leonardo, que tem uma predileção 
por cavalos, enquanto Ninibe adora pintar palhaços.A família veio para o Rio 
depois de sofrer ameaças de morte de um grupo paramilitar de extrema-direita da 
Colômbia. Eles acabaram se tornando os primeiros refugiados que chegaram ao 
país no próprio carro. Helena Chermont, advogada da Cáritas, explica que, como 
nunca houve um caso semelhante, é difícil saber como agir:Publicidade— Enviamos 
o caso para o Ministério da Justiça, para que o órgão nos oriente. Também 
procuramos o Detran para sabermos como fica a situação do carro.Enquanto a 
questão não é resolvida, o Chery verde com placa de Bogotá tem ajudado os 
colombianos a carregar os quadros. Eles também criaram uma página no Facebook, 
a Expressartelibre, para vender as obras.Segundo a Cáritas, muitos refugiados 
se tornam micro-empreendedores e vendem comidas típicas de seus países (é o 
caso da maioria dos sírios). Muitos também estão em setores do mercado de 
trabalho que não exigem formação ou especialização, como a construção civil, o 
comércio e a área de limpeza.






http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/02/haitianos-relatam-rotina-de-humilhacoes-e-preconceito-no-brasil.html

26/FEB/2016 ÀS 16:43
Haitianos relatam rotina de humilhações e preconceito no Brasil


  

"Se você quer, pega. Se não quer, não quer". Atraídos por uma 'vida melhor', 
haitianos dão de cara com ódio, preconceito e abusos no Brasil. Conheça algumas 
histórias
“Se você quer, pega. Se não quer, não quer“. Foi assim que Alix Mustivas, de 26 
anos, foi tratado pelo patrão após se machucar enquanto trabalhava na 
construção civil. Após fraturar a coluna o braço em dois lugares durante o 
trabalho – sem carteira assinada – o dono da empresa ofereceu R$ 300 ao jovem. 
“Eu disse que minha vida não valia R$ 300“.Mustivas, que teve o apoio de 
entidades sindicais catarinenses para receber, durante um mês, auxílio do INSS, 
conta que ficou dois dias sem levantar e andar. “Depois de uma semana consegui 
caminhar e levantar sozinho“, afirma.Haitiano, ele está há mais de um ano entre 
Curitiba e Santa Catarina. Mustivas veio ao Brasil em busca de oportunidades 
melhores do que as que encontrava no país de origem, que ainda se recupera de 
um devastador terremoto, que atingiu a nação em 2010.“Eu trabalhei em um 
condomínio em Santa Catarina, mas depois da temporada não precisavam mais de 
serviço“, conta ele, que então conseguiu um novo emprego, no setor de 
construção civil, sem dificuldades.“O chefe pagava R$ 70 por dia, mas não 
queria assinar a carteira de trabalho. Ele dizia que ia assinar na semana 
seguinte, mas nunca assinava. Eu estava em uma situação que tinha que pagar 
aluguel, ajudar minha filha, não podia ficar parado“, conta ele, pai de uma 
garota de 7 anos que mora com os avós maternos noHaiti.Atualmente, ele mora em 
Curitiba – “achei que lá teria mais gente para cuidar de mim“, contou – onde 
tem uma banda e trabalha como segurança em uma universidade particular.Mustivas 
é, de acordo com dados da Polícia Federal, um dos 65 mil haitianos que chegaram 
ao Brasil entre 2011 e novembro de 2015.Não há dados precisos sobre quantos 
haitianos vivam em Santa Catarina, mas as estimativas giram em torno de 6.000 
pessoas.“O indicativo que se tem é que em 2013, segundo o Ministério do 
Trabalho e Emprego, os haitianos tornaram-se o grupo de trabalhadores 
imigrantes em SC, de maior presença no mercado formal“, explica a professora 
Gláucia Assis, coordenadora do Observatório das Migrações de Santa Catarina, 
ligado à UDESC.Em Santa Catarina, nos cinco primeiros meses do ano passado, 
foram emitidas 2.259 carteiras de trabalho para haitianos, mais do que o dobro 
do registrado ao longo de 2014: 986.Gláucia aponta para a configuração de redes 
sociais, que fazem com que um imigrante “puxe” o outro para determinada 
cidade.“Esse incremento da presença de haitianos no estado se deve ao fato de 
que a maioria quando chegou encontrou trabalho, antes da intensificação da 
crise econômica, e a principalmente ao fato de que os imigrantes uma vez 
estabelecidos e encontrando trabalho tendem a passar essa informação a amigos e 
parentes que vem para onde já há algum conhecido estabelecido e posso ajudar a 
encontrar emprego e moradia.”Foi a perspectiva de um emprego e a possibilidade 
de avançar nos estudos que levaram Alexandre Bladimy, de 28 anos, a Balneário 
Camboriú. Antes, ele trabalhou em um frigorífico no Rio Grande do Sul.“Foi um 
momento muito duro para mim, pois meu coração não compartilha com esse tipo de 
lugar, com sangue, com sofrimento. Tenho um coração muito sensível“, conta ele, 
que trabalhou por um ano e pediu para ser mandado embora.Gabriela Bazzo, 
HuffPost Brasil


http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/geral/cidades/noticia/2016/02/senegaleses-protestam-em-caxias-contra-a-inseguranca-4985581.html
 27/02/2016 | 23h41
Senegaleses protestam em Caxias contra a insegurança

No sábado, eles realizaram ato na Praça Dante Alighieri em memória de 
compatriota assassinado
-mailGoogle PlusTwitterFacebookCantos religiosos e rezas marcaram a despedida 
de Cheikh TidianeFoto: Jonas Ramos / Agencia RBSTríssia Ordovás 
Sartoritrissia.ordovas@xxxxxxxxxxxxx ato organizado pelos senegaleses na tarde 
de sábado, na Praça Dante Alighieri, para pedir paz e justiça, se estendeu por 
seis horas e culminou com orações de despedida para Cheikh Tidiane, 28 anos, em 
ritual de corpo presente em pleno Centro da cidade.

O africano foi assassinado na quinta-feira passada, na localidade de São João 
da 4ª Légua, em Galópolis. Dois dias depois do crime, cerca de 150 pessoas 
mobilizaram-se para reclamar da falta de segurança e da impunidade, já que o 
suspeito da morte de Tidiane pagou fiança e foi solto em poucas horas depois de 
ter sido capturado.

Em breves discursos sobre o tema, alguns dos presentes questionaram a 
eficiência das leis, pediram paz para "senegaleses e brasileiros" e até 
sugeriram que o racismo poderia ter influência na banalização da morte do rapaz.

— Moro em Caxias há um ano e vejo a invisibilidade do negro na comunidade. A 
questão racial não pode ser descartada nessa morte, porque 77% da juventude que 
morre no Brasil é negra — afirmou a produtora audiovisual carioca Monique 
Rocca, 34, entre lágrimas.

O presidente da Associação dos Senegaleses de Caxias, Aboulahat Ndiaye, 24 
anos, o Billy, acostumado a receber migrantes, foi obrigado a aprender a fazer 
o caminho inverso — e, desta vez, o compatriota chegará sem vida a Dakar, 
capital do Senegal.

— O homem que fez isso matou um ser humano, uma família e um futuro. Tidiane 
morava aqui há um ano e mandava todo o dinheiro para os familiares, não tinha 
contas por aqui — disse Billy.

A coordenadora do Centro de Atendimento ao Migrante de Caxias do Sul, Maria do 
Carmo Gonçalves, disse que o clamor tinha uma função específica: pedir a prisão 
preventiva do assassino. A religiosa questiona também a legislação brasileira.

— Penso na qualidade da permanência daqueles que estão aqui. É triste constatar 
que o passaporte foi a certidão de óbito dele. Com isso, morre um pouco a 
esperança de cada um — declarou.

Depois das falas, parte do grupo ficou entoando canções religiosas, enquanto 
caminhava em círculos sob a lona que abriga o palco montado na Praça. Alguns 
entraram em transe e praticamente todos ficaram até a despedida derradeira, que 
durou apenas 13 minutos — das 21h50min às 22h03min.

O transporte ficou sob responsabilidade de uma funerária de Passo Fundo, que já 
havia realizado outras operações como essa, e veio a Caxias buscar Cheikh 
Tidiane no Instituto Médico Legal. Depois de o corpo ter sido recolhido, foi 
levado à Praça Dante Alighieri. O veículo subiu na calçada em frente à Galeria 
do Comércio e, por alguns minutos, os compatriotas fizeram preces junto ao 
caixão alojado na parte de trás da camionete S10, que estava com o porta-malas 
aberto.






http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/de-ponto-a-ponto/noticia/2016/01/criciuma-sai-da-rota-dos-imigrantes-haitianos-ganeses-e-senegaleses-4959688.html


Criciúma sai da rota dos imigrantes haitianos, ganeses e senegaleses
25/01/2016- 15h28minPor
Marco Antonio Mendes

Em 2014,  era comum a cidade receber dezenas de senegaleses a cada semana Foto: 
Caio Marcelo / Agencia RBSCriciúma, no Sul de Santa Catarina, deixou de ser um 
dos destinos de imigrantes haitianos, ganeses e senegaleses. A cidade passava 
por uma onda imigratória desde 2014 quando estrangeiros encontraram nela 
oportunidade de trabalho e de melhores condições de vida. Eles começaram a 
migrar durante a Copa do Mundo, uma vez que os vistos para entrada no país 
estavam sendo concedidos livremente. Segundo a secretária de assistência social 
do município, Solange Barp, agora há semanas em que nenhum imigrante chega à 
rodoviária.
— No auge da vinda deles era comum ver ônibus lotados de imigrantes todos os 
dias — comenta. 
Para ela, o Brasil não é mais considerado um lugar de oportunidades para 
estrangeiros desde quando as empresas começaram a fechar postos de trabalho e o 
real se desvalorizou frente ao dólar. Ela diz que os imigrantes costumam enviar 
metade do salário para as famílias e com a conversão sobra muito pouco.Entre os 
novos destinos de haitianos, ganeses e senegaleses estão Argentina e Uruguai. 
Assim mesmo acredita-se que Criciúma e cidades vizinhas ainda tenham cerca de 
2,5 mil imigrantes. No ano passado, representantes de entidades como a Igreja 
Católica, prefeitura e movimentos sociais se reuniram para discutir a situação 
e oferecer alternativas para dar apoio aos estrangeiros. Casas foram alugadas, 
cestas básicas distribuídas e até uma cartilha em inglês e francês foi entregue 
para que eles pudessem encontrar as informações básicas de permanência no país.





http://www.dw.com/pt/os-novos-migrantes-africanos-do-sul-do-brasil/g-18902782

12/01/16



Os novos migrantes africanos do sul do Brasil
O estado brasileiro do Rio Grande do Sul é conhecido pela imigração alemã. Mas, 
nos últimos anos, foi destino de migrantes africanos que lá procuram uma vida 
melhor. Vivem à margem da sociedade e queixam-se de racismo.   
   -    
O sonho de todos os migrantes é o mesmo 
Vendedores ambulantes do Senegal no bairro Sarandi em Porto Alegre, Rio Grande 
do Sul. Óculos de sol são vendidos a preços baixos. No Brasil podem ganhar três 
ou até quatro vezes mais do que no seu país de origem. O sonho deles é o mesmo 
dos imigrantes alemães, italianos e poloneses, que chegaram há quase dois 
séculos em terras gaúchas: trabalhar e viver em paz no Brasil. 


[ver demais fotos]

[mensagem organizada por Helion Póvoa Neto]




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