[CamaraDas] Re: Cobertura do CB tem sujeito oculto

  • From: Fátima Paes Loureiro <fatimapaes@xxxxxxxxx>
  • To: Analistas <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Tue, 1 Dec 2009 19:40:47 -0200

Certamente...

2009/12/1 jair francelino ferreira <jairfrancelino@xxxxxxxxxxx>

> Deve ser alguém, pelo menos, mais esperto,vque não põe suas digitais na
> grana , muito menos se deixar filmar com a boca na botija...
> ------------------------------
> Date: Tue, 1 Dec 2009 16:56:07 -0200
> Subject: [CamaraDas] Re: Cobertura do CB tem sujeito oculto
> From: fatimapaes@xxxxxxxxx
> To: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
>
>
> À propósito, quem será o sujeito oculto do mensalão denunciado pelo
> ex-Deputado Roberto Jefferson?
> Fátima.
>
> 2009/12/1 Isabele Machado de Carvalho <bele74@xxxxxxxxx>
>
>
>   OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA
> Cobertura do *CB* tem sujeito oculto
> Por Chico Sant´Anna em 1/12/2009
> Observatório da Imprensa
>   Desde os primeiros anos do ensino fundamental, os estudantes aprendem
> que as orações poderão ter sujeito oculto. A oração com sujeito oculto é
> aquela em que o sujeito da ação não está explícito e sua identificação só é
> possível graças à pessoa do verbo.
> Também é nos primeiros anos do ensino de Jornalismo que o futuro
> profissional aprende que o sujeito do fato é elemento fundamental da redação
> jornalística para a devida compreensão dos acontecimentos pelos consumidores
> de informação. É na faculdade que se aprende a famosa pirâmide invertida,
> pela qual o repórter deve responder a seis perguntas básicas ainda nas
> primeiras linhas do seu texto. Quem?, O quê?, Quando?, Onde?, Como? e Por
> quê?
> Na cobertura do recente escândalo de corrupção verificado no âmbito do
> governo do Distrito Federal, apelidado pela imprensa de "mensalão do DEM",
> pelo qual o governador do Distrito Federal e pessoas bem próximas a ele são
> suspeitas de desviar R$ 60 milhões, o *Correio Braziliense*, principal
> diário da Capital Federal – com uma tiragem estimada em mais de 200 mil
> exemplares – parece ter preferido seguir as normas das escolas fundamentais
> do que as rotinas jornalísticas. No escândalo da Caixa de Pandora, Arruda
> virou sujeito oculto.
> *Nome só aparece na 33ª linha
> *As denúncias, sob apuração da Polícia Federal, Ministério Público Federal
> e Superior Tribunal de Justiça, apontam para José Roberto Arruda, único
> governador de estado dos Democratas, como líder de um esquema de corrupção
> que coletava dinheiro junto às empresas fornecedoras do governo do Distrito
> Federal (GDF) para ser repartido entre membros da base aliada na Câmara
> Distrital.
> A documentação divulgada pela justiça seria inequívoca: o acórdão do STJ
> afirma que Arruda teria sido gravado por um auxiliar quinta coluna
> orientando sobre como fazer a partilha das propinas arrecadadas. Entretanto,
> nas páginas do *Correio Braziliense* de sábado (28/11), Arruda vira
> sujeito oculto e o leitor do jornal fica sem saber exatamente o que
> aconteceu. Na chamada de capa, o *Correio* estampa: "GDF e Distritais são
> alvo de investigação".
> Com esta manchete, o *Correio* não só esconde quem supostamente seria o
> comandante do esquema de corrupção, bem como os beneficiários, como também
> dilui a responsabilidade por toda a estrutura do GDF e do parlamento local
> de Brasília. O governo do Distrito Federal possui dezenas de secretarias e
> 174 mil servidores. Por sua vez, a Câmara Distrital possui 24 parlamentares.
> Estariam todos eles envolvidos e sob suspeição policial? Quem lê a chamada
> de capa do *Correio* subentende que sim, que todo mundo está envolvido no
> "mensalão do DEM"*, *quando na verdade as investigações alcançam dez
> pessoas: Arruda, seu assessor de imprensa, seu chefe de gabinete, o chefe do
> gabinete civil, os secretários de educação e de relações institucionais
> (este, responsável pela delação) e quatro parlamentares distritais.
> O assunto volta a ser tema na capa e em mais duas páginas internas do
> caderno "Cidades". Quatro repórteres foram escalados para fazer a cobertura.
> O nome do governador Arruda só aparece na 33ª linha, na segunda coluna do
> texto. Diz o texto: "Durval gravou, em 21 de outubro deste ano, uma conversa
> com o governador José Roberto Arruda, sobre o destino de R$ 400 mil em poder
> do então secretário."
> *Autor de ação moralizadora
> *O texto se recusa a informar que o governador é o alvo central da
> operação Caixa de Pandora comandada pelo Ministério Público Federal com
> autorização do Superior Tribunal de Justiça. Entretanto, o foco das
> investigações, segundo o *Correio*, são pessoas jurídicas e não físicas.
> Pela ordem: a Câmara Distrital, o governo do Distrito Federal e o Tribunal
> de Contas do DF, quando na verdade o alvo dos 29 mandatos de busca e
> apreensão são as dez pessoas citadas anteriormente.
> O noticiário é rico em fotos, oito ao todo, mas todas no caderno "Cidades"
> e nenhuma na capa do jornal. Arruda também não aparece em nenhuma delas. Nem
> mesmo numa foto de arquivo. Talvez o *Correio Braziliense *não tivesse
> nenhuma no departamento fotográfico. Mas o arquivo fotográfico foi pródigo
> em localizar uma foto datada de 09/01/2003, na qual aparecem lado a lado o
> ex-governador Joaquim Roriz, desafeto de Arruda, e Durval Barbosa,
> secretário de Relações Institucionais do governador do Democratas e
> responsável pelas denúncias e gravações secretas. Na legenda da foto, que
> ocupa quase que um quarto de página, o *Correio* alerta aos leitores que
> Barbosa atuou como presidente da Companhia de Desenvolvimento do Planalto na
> gestão Roriz e que nesta condição foi condenado por improbidade.
> Nas páginas do *Correio Braziliense*, o governador Arruda só vai deixar de
> ser sujeito oculto numa matéria onde ele aparece como autor de uma ação
> moralizadora, ao determinar o afastamento dos integrantes do primeiro
> escalão de seu governo citados no suposto esquema de pagamento de propinas.
> *A "rádio corredor"
> *É bastante curiosa esta técnica de cobertura do *Correio Braziliense *que
> subtrai o sujeito da ação, deixando-o oculto, e torna difuso o envolvimento
> dos suspeitos. Que paradigmas jornalísticos devem nortear tal técnica
> profissional, quando sabemos que o *CB* tem por hábito fazer denúncias bem
> explícitas contra o governo federal e o Congresso Nacional? A forte presença
> publicitária do GDF nas páginas do *Correio* teria algum efeito
> anestesiante?
> A chamada "rádio corredor" da imprensa brasiliense alerta que haveria um
> acordo entre o GDF e o principal jornal da capital para que não se fale mal
> do governador. É difícil dizer se a "rádio corredor" está bem informada –
> possivelmente, não –, mas o comportamento editorial do jornal, que almeja
> ser um referencial da imprensa nacional, no principal escândalo
> político-policial dos últimos anos na cidade deixa a desejar. O 
> *Correio*parece não respeitar o famoso contrato entre imprensa e leitor que o 
> obriga
> a trazer a verdade e toda a verdade sobre os fatos. Tudo que o ele deixou de
> escrever foi fartamente divulgado pela imprensa local e nacional e até pelos
> portais de assessoria de imprensa da justiça. A postura do *CB* revela que
> o seu leitor deve ligar seu desconfiômetro ao lê-lo, pois no mínimo ele
> estará correndo o risco de não estar recebendo a totalidade dos fatos, quiçá
> de estar sendo deliberadamente enganado.
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