[colombiamigra] Fw: [NIEM] Brasil - imigração (venezuelanos)

  • From: "william mejia" <dmarc-noreply@xxxxxxxxxxxxx> (Redacted sender "wmejia8a" for DMARC)
  • To: Colombiamigra <colombiamigra@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Mon, 14 May 2018 17:39:34 +0000 (UTC)

 

   ----- Forwarded Message ----- From: Helion Povoa helion_povoa@xxxxxxxx 
[niem_rj] <niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx>To: "niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx" 
<niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx>Sent: Sunday, May 13, 2018, 2:54:07 PM 
GMT+2Subject: [NIEM] Brasil - imigração (venezuelanos)
     

 

http://www.conectas..org/notici as/stf-fechamento-fronteira-ve nezuela

 
Entidades ingressam com amici curiae no STF contra fechamento da fronteira com 
Venezuela
 
Ação movida pelo governo de Roraima viola a Lei de Migração e tratados 
internacionais ratificados pelo Brasil
  Read in english  25/04/2018

Migrantes venezuelanos cruzam a fronteira com o Brasil
 
Organizações da sociedade civil solicitaram a participação como amici curiae no 
julgamento da ação protocolada no STF pelo governo de Roraima, que pede o 
fechamento da fronteira com a Venezuela. O objetivo é contribuir com as 
decisões do judiciário sobre a crise migratória e o crescente fluxo de 
venezuelanos no Brasil.

Na ação, a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), argumenta que o grande 
fluxo de imigrantes no estado pode trazer riscos à saúde pública e intensificar 
a violência. Em documento encaminhado à ministra Rosa Weber, entidades criticam 
a iniciativa de Campos e mencionam os acordos e compromissos internacionais 
assumidos pelo Brasil, além da Lei de Migração brasileira (Lei 13.445/2017) que 
trata da acolhida humanitária.

Leia o documento, na íntegra

Para Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas, políticas drásticas 
de controle de fronteira podem acentuar ainda mais a crise humanitária: “A 
migração venezuelana para o Brasil deve ser abordada por uma perspectiva 
humanitária, que promova o acolhimento e a integração. A ação proposta pelo 
governo de Roraima é descabida e desumana e vai de encontro à Lei de Migração. 
Ações coordenadas como a interiorização, são muito mais eficazes para aliviar a 
sobrecarga de serviços públicos”, defende Camila.

Além da Conectas, assinam o amici curiae outras entidades que trabalham com 
questões migratórias no Brasil: IMDH (Instituto Migrações e Direitos Humanos), 
CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante) e Pia – Sociedade 
dos Missionários de São Carlos.

============================== ===== 

https://www.conjur.com.br/2018 -abr-23/entidades-ingressar-ac ;
ao-imigracao-venezuelanos


Entidades pedem para ingressar em ação sobre imigração de venezuelanos

 23 de abril de 2018, 10h17
Quatro entidades de defesa dos direitos humanos pediram para ingressar como 
amici curiae na ação no Supremo Tribunal Federal em que o estado de Roraima 
pede à União o fechamento da fronteira com a Venezuela devido ao aumento no 
fluxo de imigrantes.

Representados pelo advogado Beto Vasconcelos, do Vasconcelos Advocacia, a 
Associação Direitos Humanos em Rede – Conectas Direitos Humanos, o Instituto 
Migrações e Direitos Humanos, o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do 
Imigrante e a Pia Sociedade dos Missionários de São Carlos dizem que o Brasil 
deve assegurar que imigrantes possam viver com dignidade.

Na petição, as entidades apontam que, no caso da imigração de haitianos, o 
governo brasileiro conseguiu desenvolver um plano eficaz de acolhimento e 
assistência a eles. Isso ocorreu por meio de parceria entre a União, estados e 
municípios. Dessa forma, as associações querem que o Estado promova medidas 
semelhantes com os venezuelanos.

Clique aqui para ler a íntegra da petição..

============================== ===== 

https://exame.abril.com.br/bra sil/em-sao-paulo-as-batalhas-d ;
iarias-de-184-venezuelanos/


Em São Paulo, as batalhas diárias de 199 venezuelanos
 
Imigrantes transferidos para a capital paulista podem ser considerados sortudos 
entre mais de 40.000 que chegaram ao país em 2018
 Por Carolina Pulice | carolina.pulice@xxxxxxxxxxxx   access_time  26 abr 2018, 
18h34 - Publicado em 26 abr 2018, 15h30  



VENEZUELANOS: migrantes deixam Roraima para participar de programa de 
interiorização do governo federal / Antônio Cruz | Agência Brasil (Antônio 
Cruz/Agência Brasil)
  
No início deste ano, assim como mais de 40.000 venezuelanos, Robert D.D.L. Rosa 
e Sara Rosa saíram de Maturín, uma cidade venezuelana rica em petróleo, com a 
bebê Isabela, na época com dois meses de idade, em direção ao Brasil. A família 
deixou seu país para trás, e embarcou em um plano de recomeçar suas vidas por 
falta de comida e de assistência médica. Quando cruzaram a fronteira, ficaram 
cerca de uma semana em Pacaraima, em Roraima, antes de seguir para a capital do 
Estado.

Em março deste ano, assim como pouco mais de 260 venezuelanos, Robert e sua 
família aceitaram uma proposta de se mudar para outras cidades do país, feita 
pela Organização das Nações Unidas, e embarcaram num avião da Força Aérea 
Brasileira rumo a São Paulo. A outra opção apresentada foi Cuiabá. Como não 
tinha muitas referências da capital do Mato Grosso, mas sabia que São Paulo era 
uma cidade grande, Robert escolheu a capital paulista.

Robert, sua esposa e mais 30 venezuelanos estão abrigados na organização 
religiosa Missão Paz, em São Paulo, e são os primeiros venezuelanos que 
deixaram seu país e aceitaram participar do projeto de interiorização do 
governo federal brasileiro. Além da Missão Paz, os centros de Acolhimento da 
prefeitura da cidade e a casa de passagem Terra Nova participam do programa e 
já acolheram 161 e 6 venezuelanos, respectivamente . Ao todo, 199 venezuelanos 
se encontram em São Paulo.

Uma pesquisa do Observatório das Migrações Internacionais (ObMigra), em 
parceria com a Universidade Federal de Roraima, mostrou que 77% dos 
venezuelanos afirmaram que aceitariam se deslocar caso houvesse ajuda do 
governo brasileiro. A principal razão para aceitar o deslocamento é a 
possibilidade de emprego (79,6% do total), seguida de ajuda econômica (11,2%) e 
ajuda com moradia (5,2%).

O programa, proposto no início deste ano e que conta com parceria da Agência 
das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), tem como principal objetivo 
desinchar o estado de Roraima e incluir esses novos migrantes na sociedade 
brasileira. Além do programa, o governo tem implementado medidas emergenciais 
para ajudar aqueles que cruzam a fronteira na região norte do Brasil.

Uma força tarefa do Ministério do Trabalho, da Polícia Federal e da Casa Civil 
fez com que os migrantes venezuelanos que chegam ao país tenham um CPF e a 
carteira de trabalho, além de uma permissão temporária para residir no país e 
um documento de viagem. Aqueles que não conseguiram retirar seus documentos 
imediatamente recebem um protocolo, que garante sua “regularização” no país.

É uma ação elogiada por quem chega. Mas é uma solução que não resolve o 
problema de fundo. O Brasil segue carecendo de uma política nacional para 
receber refugiados – da Venezuela ou de quaisquer outros lugares. Na teoria, 
existe o pedido de refúgio, que concede o direito de morar no país para aqueles 
que são perseguidos por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social 
ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e 
generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem.

A lei 9.474 de 1997 estabelece que o Conare (Comitê Nacional para os 
Refugiados) seja o órgão responsável pela análise e concessão das solicitações 
de refúgio, em caráter de urgência. Um relatório publicado pelo Ministério da 
Justiça, neste mês, revelou que as solicitações de refúgio no Brasil estão na 
fila de espera há mais de dois anos. No ano passado, por exemplo, 33.866 
solicitações de refúgio foram realizadas. Todas elas ainda estão em tramitação. 
Isto ocorre, segundo o próprio Ministério da Justiça, porque o Conare é 
composto somente de 13 oficiais para dar conta de todos os mais de 80.000 
pedidos.

A falta de clareza acaba inquietando até mesmo aqueles poucos sorteados na roda 
da fortuna, como Robert Rosa, que temia a violência, a falta de alimentos e de 
vacinas em sua cidade.

Ele conta que, com o dinheiro que ganhava, não tinha suficiente para comprar 
comida na Venezuela. Segundo ele, um frango custava 2 milhões de bolívares, 
enquanto o salário mínimo é cerca de 1,5 milhão. A cesta básica, mandada pelo 
governo de quatro em quatro meses também não ajudava. Nela, diz ele, só vinham 
três pacotes de farinha branca, um de trigo, uma garrafa de azeite e, às vezes, 
açúcar. “Ninguém mais come salada, açúcar, carne, é tudo muito caro”, diz. 
Outro fator foi o alto índice de criminalidade. Ele mesmo teve a casa e uma 
caminhonete roubadas. “Às cinco da tarde todos trancam os portões e ninguém sai 
mais, com medo”, conta.

João Chaves, defensor público federal e coordenador do Grupo de Trabalho 
Migrações, Apatridia e Refúgio da Defensoria Pública da União (GTMAR/DPU) em 
São Paulo, atendeu 1770 pedidos de refugiados em busca de regularização. “O 
maior temor para um migrante é ficar irregular, porque não poderá fazer 
remessas bancárias para sua família e não conseguirá ter carteira de trabalho”. 
Imigrantes sem CPF, por exemplo, não pode matricular seus filhos em escolas, 
nem abrir contas bancárias.

Do lado de fora do abrigo da Missão Paz, é possível ver estranhos chamando os 
venezuelanos para conversar. O Padre Paolo Parise, diretor da Missão Paz, se 
preocupa, e alerta os que estão conversando com a reportagem: “Essas pessoas 
podem oferecer propostas de trabalho irregulares. Sei que vocês são maiores de 
idade, mas tomem cuidado”.

Para os venezuelanos, o cenário é ainda pior. Das 3.375 solicitações de 
refúgios realizadas em 2016, somente 14 foram aceitas. O número de solicitações 
quase dobrou entre janeiro e fevereiro deste ano (5.845), e a espera já bate os 
dois anos.

O Ministério da Justiça editou uma portaria, em março, para que um venezuelano 
possa pedir residência temporária em vez de refúgio. O processo, segundo o 
próprio ministério, dura em torno de três meses, e é gratuito. Antes da crise 
humanitária, os venezuelanos já podiam pedir residência temporária, no entanto 
precisavam de uma motivação específica como estudo, tratamento de saúde ou 
investimentos, mediante um pagamento.

Uma Medida Provisória (MPV 820/2018), que tramita no Congresso Federal, mas que 
já está vigente, auxilia, em caráter de urgência, as “pessoas em situação de 
vulnerabilidade decorrente de fluxo migratório provocado por crise 
humanitária”. Segundo a MP, as ações de assistência emergencial visam à 
ampliação das políticas de proteção social, atenção à saúde, oferta de 
atividades educacionais, formação e qualificação profissional, entre outros. 
Resolve parte do problema, mas é mais uma medida emergencial.
 RORAIMA: Refugiados venezuelanos se preparam para deixar estado do Norte e 
embarcarem para São Paulo e Cuiabá 
A falta de política migratória

Para Thiago Gehre, professor em Relações Internacionais pela Universidade de 
Brasília e especialista relações Brasil-Venezuela, a vinda dos haitianos ao 
Brasil, em 2010, mostrou que o país estava despreparado para questões 
migratórias. Além disso, Gehre afirma que o conjunto de escolhas políticas 
tomadas entre o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e o atual governo 
conduziram o país a uma mudança diplomática radical, que colapsou seu projeto 
de união. “O país se tornou incapaz de lidar com os problemas diplomáticos, e 
por isso trata a questão dos migrantes venezuelanos somente como uma questão 
interna”, afirma.

Menos de um ano após aprovar a Lei de Migração, de maio de 2017, o Brasil ainda 
engatinha nas relações diplomáticas e humanitárias. Aprovada no ano passado, a 
Lei 13.445 substituiu o Estatuto do Estrangeiro, e tratava em bases gerais “os 
direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada 
no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o 
emigrante”. O antigo Estatuto, segundo a ONU, não oferecia alternativas legais 
condizentes com o dinamismo dos fluxos migratórios do século 21.

Com diversas críticas, a Lei tem, para a professora Cynthia Carneiro, Doutora 
em Direito Internacional e professora de Graduação e Pós-Graduação da FDRP-USP, 
um caráter discriminatório em relação aos estrangeiros. Segundo ela, as 
mudanças contextuais que deveriam ter ocorrido após a supressão do Estatuto do 
Estrangeiro não ocorreram, e por isso a atuação migratória no país acaba tendo 
um caráter de controle político e social. “O país continua a tratar o migrante 
como um ‘invasor’”, afirma..

“O problema de fundo é que o país não está preparado para receber migrante 
nenhum”, afirma Tadeu Oliveira, pesquisador do IBGE (Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística) e membro do Observatório das Migrações Internacionais. 
A unificação do planejamento federal, estadual e municipal é, segundo o 
pesquisador, o maior problema para solucionar as questões de acolhimento no 
país..

Um exemplo de que a falta de planejamento unificado cria lacunas no acolhimento 
humanitário de migrantes é a lei municipal (lei 16478/2016) de São Paulo que 
institui uma Política Municipal para a População Imigrante. A Política, criada 
pouco antes da lei de Migração, estabelece diretrizes para, por exemplo a não 
discriminação e a garantia de igualdade dos que chegam à cidade.  “Ainda há 
muito a ser regulado na nova Lei federal, e por isso não temos certeza de como 
ela impactará, na prática, em nosso trabalho de acolhimento”, afirma Andrea 
Zamur, coordenadora de Políticas para Migrantes e Promoção pelo Trabalho 
Decente da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.

Planejamento é essencial para que medidas emergenciais não se tornem o padrão 
no comportamento do país.. Para Tadeu Oliveira, do IBGE, uma política não pode 
ser pensada enquanto o problema acontece. “Quem pensa a política migratória no 
país? Para que o processo de acolhimento funcione, é necessário existir um 
aparelho que una as três estâncias governamentais (federal, estadual e 
municipal)”, afirma.

Bem-humorado, o venezuelano Robert Rosa dá “graças a Deus” por estar no Brasil, 
onde com os 250 reais que ganhou por um trabalho de três dias como pedreiro em 
Boa Vista conseguiu comprar alimentos que jamais poderia pagar na Venezuela. 
Ele ainda está sem carteira de trabalho e, no dia da entrevista à EXAME, ia 
para Santo André conseguir a documentação. Mesmo sem a carteira, ele afirma que 
já está procurando emprego.

*Com colaboração de Isabel Seta

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https://g1.globo.com/mt/mato-g rosso/noticia/ministerio-do-tr ;
abalho-emite-40-carteiras-do-t rabalho-a-venezuelanos-refugia dos-em-mt.ghtml


Ministério do Trabalho emite 40 carteiras de trabalho a venezuelanos refugiados 
em MT
   
Segundo o governo federal, 65 refugiados chegaram em Cuiabá no dia 6 deste mês. 
Eles tentam fugir da crise econômica e política instalada no país de origem.
 

 Por G1 MT 
 
 26/04/2018 15h15  Atualizado 26/04/2018 15h16  
 
 
 Dos 60 venezuelanos refugiados que foram acolhidos em Cuiabá no início do mês, 
40 deles recebeream carteiras de trabalho numa ação do Ministério do Trabalho 
em Emprego. As emissões dos documentos, segundo o órgão, foram feitas na 
quarta-feira (25). 
   
 Além das carteiras, os estrangeiros foram inseridos no Sistema Nacional de 
Emprego (Sine) em buscas de vagas. 
   
 Os venezuelanos tentam fugir da crise econômica e política instalada na 
Venezuela. Os refugiados estão alojados na sede da Pastoral do Migrante, no 
Bairro Carumbé, em Cuiabá. 
   
 A emissão das carteiras, segundo o MTE é mais uma ação para colaborar com as 
condições dos imigrantes nas cidades brasileiras por meio da inserção no 
mercado laboral. 
   
 Segundo a Casa Civil, os imigrantes aderiram de forma voluntária ao processo 
para buscar oportunidades de trabalho em outras partes do país. Eles são 
solicitantes de refúgio ou tem residência temporária no Brasil.
 


Interiorização


   
 Os venezuelanos chegaram em Cuiabá no dia 6 de abril.. Eles foram 
transportados num avião da Força Aérea Brasileira que decolou de Boa Vista, em 
Roraima. 
   
 O processo de interiorização dos imigrantes é organizado pelo governo federal 
numa tentativa de lidar com o intenso fluxo de venezuelanos. Estima-se que 400 
refugiados entram por dia no Brasil fugindo do regime de Nicolás Maduro.

Doações


    
 Para receber os venezuelanos, a Pastoral do Migrante está recebendo doações de 
roupas, calçados, lençóis, toalhas, produtos de higiene, alimentos, colchões e 
colchonetes. As doações podem ser entregues na Paróquia Divino Espírito Santo, 
no Bairro CPA 1, em frente ao terminal do CPA 1, em Cuiabá, e na própria 
Pastoral do Migrante, no Bairro Carumbé, na capital. 
  



============================== ========= 

https://www.nytimes.com/es/ 2018/05/09/opinion-arnold- ;
crisis-migracion-venezuela- brasil-esclavitud/


Debemos detener la esclavitud de venezolanos en Brasil
  
 Por  Chris Feliciano Arnold 9 de mayo de 2018 



 Refugiados venezolanos abordan un avión de la Fuerza Aérea brasileña rumbo a 
Manaus y São Paulo, el 4 de mayo de 2018.  Credit Ueslei Marcelino/Reuters  

Read in English

RORAIMA — Para miles de refugiados venezolanos en Brasil, el camino para 
obtener ayuda pasa por recorrer un territorio aislado donde  ganaderos, mineros 
y traficantes explotan a los migrantes desesperados casi como si fueran 
esclavos. Los funcionarios brasileños que ignoran la situación no pueden decir 
que están combatiendo la corrupción ni la impunidad.

Desde 2017, las crisis política y humanitaria de Venezuela, así como la 
hiperinflación, han provocado un éxodo de proporciones históricas. Más de 
cuatro millones de venezolanos han salido del país para escapar de la escasez 
de comida y medicamentos del gobierno opresor de Nicolás Maduro. Los 
venezolanos que escapan a Brasil —más de 50.000 hasta ahora— a menudo tienen 
una sola manera de entrar: la autopista BR-174, un camino desolado de 966 
kilómetros que atraviesa algunos de los territorios más remotos de América del 
Sur, donde los explotadores están por encima del Estado de derecho.

Mientras el país vive un ciclo electoral crucial, el caos en los territorios 
fronterizos refleja la agitación que se vive en toda la nación. Después de años 
de problemas económicos, investigaciones de corrupción y crisis de seguridad, 
muchos brasileños anhelan estabilidad, la imposición de ley y orden; dar la 
bienvenida a los miles de venezolanos que llegan a su país no coincide con esa 
lista. Por lo menos diez venezolanos fueron rescatados de la esclavitud el año 
pasado. Sin embargo, los empresarios y terratenientes poderosos que abusan de 
los refugiados son otro ejemplo sorprendente de cómo el crimen resulta 
lucrativo en Brasil..

El país merece líderes que respondan con prontitud para proteger de la 
explotación a los más vulnerables y restauren la credibilidad de Brasil en la 
región, no que utilicen la crisis para avivar la xenofobia y el nacionalismo.

Eso requerirá cooperación interinstitucional en todos los niveles del gobierno 
en una época de polarización intensa. En febrero, el gobierno federal de Brasil 
declaró estado de emergencia en la frontera, lo que permitió que los 
venezolanos esquivaran el engorroso proceso de asilo y obtuvieran permisos de 
estancia de dos años, que les otorgan acceso a beneficios sociales y permisos 
de trabajo. Ahora, las sociedades militar y civil están esforzándose por 
controlar el flujo migratorio y ayudar a que los refugiados no sean indigentes 
ni padezcan hambre o enfermedades.

Las fuerzas armadas brasileñas han duplicado su presencia en la frontera norte, 
desde Pacaraima, una ciudad fronteriza de 12.000 habitantes y parte de la ruta 
de más de 800 venezolanos que cruzan a diario por autobús, automóvil, bicicleta 
e incluso a pie.

Hace poco, Álvaro José Cerven Morales, un ingeniero eléctrico de 35 años de 
Ciudad Bolívar, se puso bajo la sombra de un árbol cerca de la frontera con su 
esposa Eylín, una ingeniera industrial, mientras cargaba a su hijo de 1 año.

“Estoy seguro de que encontraremos trabajo”, dijo Morales, acariciando el brazo 
de su hijo. “Será difícil, pero tenemos que buscar una mejor vida para él”.

Para Morales y su familia, la siguiente parada es Boa Vista, a poco más de 20o 
kilómetros al sur, la capital del estado de Roraima, una ciudad de más de 
300.000 habitantes que se ha convertido en puesto de control fronterizo para 
decenas de miles de refugiados que ahora conforman más del diez por ciento de 
la población. Durante meses, han estado acampando en plazas y edificios 
abandonados y azotados por la malaria, así como en las calles. Hombres, mujeres 
y niños esqueléticos se apiñan frente a los semáforos en rojo para vender 
bocadillos o limpiar parabrisas a cambio de algunas monedas.

En colaboración con el Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los 
Refugiados (ACNUR), las fuerzas armadas brasileñas se han apresurado a abrir 
refugios y enviar en avión a los refugiados a otros estados, además de reubicar 
a las mujeres embarazadas y los niños que viven en las calles mientras ayudan a 
que otros refugiados tengan un lugar donde vivir y documentos para trabajar. 
Sin embargo, en cuanto abren los refugios, nuevas olas de migrantes inundan los 
espacios públicos, donde cientos de profesores, ingenieros, mecánicos, 
exsoldados y sus hijos han estado acampando durante semanas en condiciones 
insalubres, esperando a que los reubiquen.

Podrían quedarse esperando durante meses. Las políticas de inmigración y 
refugiados de Brasil les dan la bienvenida en teoría, pero en la práctica no 
siempre es así. El país recibió a más de 85.000 haitianos después del terremoto 
de 2010. En 2017, una nueva legislación enfatizó los derechos humanos, la 
reunificación familiar y el acceso a programas sociales.

Sin embargo, muchas de estas nuevas disposiciones se revocaron, a pesar de que 
el colapso económico de Venezuela se aceleraba. Los sistemas de migración y 
asilo actuales de Brasil están llenos de nudos burocráticos, situación que se 
complica porque no hay un buen mantenimiento de registros.
 Continue reading the main story Foto    Refugiados venezolanos aguardan frente 
a las oficinas de la Policía Federal de Boa Vista para preguntar por su estatus 
migratorio en Brasil en febrero de este año.  Credit Mauro Pimentel/Agence 
France-Presse — Getty Images  
“Veo a hombres que se van de aquí a las seis de la mañana, trabajan doce horas 
y regresan sin nada”, dijo Donaldo Chávez, de 50 años, un profesor que había 
estado durmiendo en la plaza Simón Bolívar durante semanas.

Las condiciones miserables son ideales para la explotación laboral. En Boa 
Vista, la Policía Federal ha investigado numerosos reportes de mujeres forzadas 
a tener sexo a cambio de comida o refugio. Con promesas falsas de habitación, 
comida y salario, jefes de haciendas recorren los campamentos y se marchan con 
trabajadores a granjas y minas a lo largo de la autopista BR-174, así como a 
otros estados en la Amazonia brasileña. “Es muy preocupante”, dijo Isabel 
Márquez, una representante del ACNUR. “Algunos regresan al término de una 
semana; otros, después de un mes. A algunos les pagan; a otros, no”.

Un hombre al que rescataron en febrero dijo que le descontaban los servicios de 
agua y luz de su sueldo. Cuando pidió irse, el empleador le dijo que todavía no 
terminaba con su trabajo. La policía lo descubrió cuando arrestaron a su jefe, 
acusado de homicidio.

El Pacto Nacional para la Erradicación del Trabajo Esclavo en Brasil promete 
más inspecciones e iniciativas de rescate, pero el flujo de migrantes está 
aumentando antes del 20 de mayo, el día de la precipitada elección de Maduro.

El gobierno brasileño y sus colaboradores internacionales deben tomar tres 
medidas inmediatas para solucionar la crisis.

Primero, aumentar los esfuerzos interinstitucionales en la frontera en 
Pacaraima con el despliegue de más brigadas de inmigración y trabajadores 
sociales para procesar permisos e informar a los venezolanos entrantes sobre 
sus derechos laborales en Brasil. Los migrantes deben estar advertidos de que 
tengan cuidado con los empleadores que ofrecen alimento o refugio.

En segunda instancia, deben movilizar unidades adicionales de patrullaje en las 
carreteras e incorporar a inspectores laborales para monitorear el tráfico y 
las condiciones de trabajo a lo largo de la autopista BR-174.

Por último, los gobiernos local, estatal y federal deben coordinarse para 
acelerar la “interiorización” de refugiados desde Roraima —donde no hay 
recursos suficientes— hacia otras regiones en Brasil. Esta medida será 
políticamente tóxica cuando otras comunidades limitadas económicamente se 
muestren renuentes a recibir a sus vecinos venezolanos. No obstante, ahora que 
Brasil de pronto se encuentra bajo los reflectores del mundo entero, la crisis 
migratoria más grande en la historia de América Latina es una oportunidad para 
que el país reafirme su liderazgo regional y su compromiso con mejorar su 
historial de derechos humanos.

Si Brasil espera renacer de las cenizas, debe perseguir judicialmente a todos 
los que han lucrado con el trabajo esclavo. El electorado azotado por una 
crisis existencial debe apoyar a los candidatos dispuestos a hacer que los 
criminales rindan cuentas en cualquier contexto, ya sean las salas de juntas, 
el congreso o las haciendas.
         
Chris Feliciano Arnold es el autor de “The Third Bank of the River: Power and 
Survival in the Twenty-First-Century Amazon”.
  
============================== ======= 

https://www1.folha.uol.com.br/ ilustrada/2018/04/ataque-xenof ;
obo-une-dona-de-bordel-e-pasto r-evangelico-em-roraima.shtml


 Ataque xenófobo une dona de bordel e pastor evangélico em Roraima 
 
 Numa pequena cidade do interior do estado, venezuelanos e brasileiros vivem 
espécie de crash amazônico 
28/04/18

[...]


[mensagem organizada por Helion Póvoa neto]






    __._,_.___     Enviado por: Helion Povoa <helion_povoa@xxxxxxxx>     
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