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<niem_rj@xxxxxxxxxxxxxxxxxx>Sent: Saturday, June 24, 2017, 3:34:56 AM
GMT-5Subject: [NIEM] América Central e México
http://migramundo.com/em-crise -ignorada-numero-de-pessoas-fu ;
gindo-de-gangues-na-america-ce ntral-aumenta-quase-dez-vezes- em-cinco-anos/
Em crise ignorada, número de pessoas fugindo de gangues na América Central
aumenta quase dez vezes em cinco anos
5 junho, 2017
Violência de gangues na Guatemala, El Salvador e Honduras colocou 175 mil
pessoas em fuga entre 2011 e 2016, sendo maioria de mulheres e crianças; para
ACNUR, situação é limite
Por Victória Brotto
Na Itália
“Por que tanto niño migrante?” , pergunta, gritando, a salvadorenha Irma Deras.
Avó de três meninos, um deles foi assassinado a poucos metros de sua casa por
um dos maras – nome dado às gangues em Honduras, El Salvador e Guatemala. E é
pelos assassinatos, sequestros, torturas e estupros cometidos por eles que, nos
últimos cinco anos, 175 mil pessoas – maioria mulheres e crianças – fugiram do
chamado Triângulo Norte da América Central (NTCA, sigla em inglês) para países
como México e Estados Unidos.
Esse número, segundo as Nações Unidas, aumentou quase dez vezes nos últimos
cinco anos. “O número de pessoas fugindo da violência nesses países cresceu a
níveis sem precedentes”, disse ao MigraMundo Francesca Fontanini, oficial do
Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) no México. “Essa é uma
situação de refúgio, não apenas um fenômeno migratório”, acrescentou.
“Bang, bang, bang. E eu sabia que era o meu menino”, conta Deras empunhando os
braços para cima. Com o corpo do neto nos braços, ela gritou aos traficantes:
“Deus vai julgar vocês pelo que fizeram ao meu niño”. O niño de dona Deras não
aceitou fazer parte dos maras, por isso o mataram.
Os alvos dessas gangues são principalmente crianças e mulheres: crianças porque
não podem ser presas por tráfico de drogas; e mulheres para serem suas
“namoradas” – uma vez capturadas, elas são violentadas e mortas. De acordo com
dados do ACNUR, foram 66 mil crianças desacompanhadas a requerer asilo nos
Estados Unidos em 2014. No México, em um ano (2015 para 2016) o número de
pedidos de asilo por parte crianças sem os pais aumentou 65% – já em três, de
2013 a 2016, o aumento foi de 416%. De acordo com a pesquisa Crianças em Fuga
(Children on the Run, em inglês), feita pelo ACNUR em 2014, 48.6% das crianças
requerentes de refúgio no México alegaram intimidação, ameaças e abuso sexual
como causas de terem deixado seu país.
Crianças de países centro-americanos brincam em centro de apoio do ACNUR no
México. Violência na região tem aumentado o número de refugiados, mas crise
segue ignorada.
Crédito ACNUR
Maria estala os dedos ao falar de sua irmã, Isabel, que desapareceu quando
Maria tinha 6 anos – e nunca mais a encontraram. “Temos certeza de que foram os
maras”, diz a menina, que fugiu de El Salvador para o México com sua família.
“A minha mãe estava tão triste pela Isabel que Melody nasceu prematura, ela
tinha o tamanho de um pássaro e nós tínhamos medo que morresse.” A mãe de
Maria, segundo ela, “nunca desistiu de Isabel”. “A minha mãe nunca desistiu de
Isabel. Ela procurou por ela durante três anos, mas nós sabíamos que ela nunca
voltaria”, disse a menina a uma das equipes do ACNUR.
Além de terem filhos e filhas violentados, perseguidos, torturados ou
capturados, os pais se veem obrigados a pagar os altíssimos “impostos de
guerra”. Em Honduras, a vizinha de Priscila não pagou. Dias depois foi
encontrada morta junto com seus cinco filhos. De acordo com o Escritório da
ONU para Crimes e Drogas, o percentual de assassinatos em Honduras é o maior do
mundo, com 90.4 homicídios para cada 100 mil.
“De uma escala de 1 a 10, qual o nível da catástrofe humana nesses países?”,
perguntou a reportagem à Francesca Fontanini, do ACNUR no México. “Dez”, ela
responde. Mas apesar do nível máximo de catástrofe, com dezenas de milhares de
mulheres e crianças em fuga e em perigo de vida, Francesca diz que “tal
situação não conseguiu atrair tanta atenção quanto a dada à crise de refugiados
na Europa”. Em nota, a ONU chama a situação na América Central de “crise
silenciosa e ignorada.”
“Fechar fronteiras e impor restrições apenas complicam mais a situação e
produzem rotas ainda mais perigosas para esses migrantes. O risco de serem
sequestrados, traficados, estuprados ou mortos aumenta”, complementa Francesca.
Cooperação internacional
A brutalidade da violência e dos números de refugiados vindos dos países do
NCTA chegaram aos ouvidos do ex-presidente norte-americano, Barack Obama. Em
junho de 2014, ele foi à televisão chamar a atenção dos americanos para a
“situação de crise humanitária” na região.
Em 4 de Agosto de 2015, foi assinado o Acordo de São José, onde os
países-destino desses migrantes, tais como Canadá, EUA, México, Belize, Costa
Rica e Panamá, se comprometiam a combater a violência nos países da NTCA, a
melhorar seus programas de asilo e refúgio tanto nos países de trânsito como
nos de destino e a promover cooperação regional.
Mas, em 2017, o cenário mudou após a eleição de Donald Trump nos EUA. De acordo
com o jornal The Guardian, o governo Trump cortou pela metade o número de
refugiados a serem aceitos por ano pelos EUA, de 110 mil para 50 mil. “Entrar
nos EUA como refugiado é o meio mais difícil de entrar nesse país – o processo
pode levar até 36 meses e já incluí uma passagem para checagem por 12 a 15
agências de segurança, incluindo Departamento de Segurança Interna,
Departamento de Defesa e CIA”, diz Jennifer Sime, diretora do programa
norte-americano do Comitê Internacional de Socorro, que ajuda no reassentamento
de refugiados.
Com uma mudança de cenário, o México passou a não ser mais país de trânsito,
mas sim de destino. Segundo dados do ACNUR, o número de crianças e famílias em
busca de proteção internacional no México já vinha crescendo exponencialmente.
Entre 2011 e 2016, o número de requerentes de refúgio e asilo cresceu 1050%. “O
ACNUR prevê que mais 20 mil pessoas pedirão asilo no México, com base no
percentual de 8,3% de aumento que temos por mês no número de requerentes de
asilo que temos desde janeiro de 2015.”, aponta Francesca.
Coiotes, prisões e deportações
Depois de terem fugido de violências de morte, esses refugiados ainda precisam
ter dinheiro para pagar os coiotes e sobreviver à travessia de fronteiras cada
vez mais fechadas. Ivan tinha “muitos filhos”, três foram assassinados pelo MS
e o Mara 19 (gangues locais). “Você quer ouvir a minha história? Infelizmente,
é uma das boas”, diz ele. O seu filho mais velho foi assassinado com dez tiros
ao sair às 06h30 do trabalho depois do turno da noite em uma fábrica de papel.
O outro filho recebeu uma ligação ao chegar em casa, pediram que ele saísse de
casa se não todos seriam mortos. Ele saiu e foi assassinado. “Ele disse que
voltava logo”, disse Ivan, arrasado. O outro filho de Ivan foi atropelado pelos
maras. Os três foram mortos depois de recusarem ingressar nas gangues locais.
Ivan e sua família fugiram da Guatemala depois de três dos filhos mais velhos
terem sido assassinados por se recusarem a fazer parte das maras, como são
chamadas as gangues no país.
Crédito: ACNUR
Depois disso, ele e a família deixaram tudo o que tinham – “para que não
matassem nossos outros filhos” – e enfrentaram outra tragédia, a travessia até
o México. No caminho para a Cidade do México, eles foram roubados e só
conseguiram chegar até Tapachula, cidade fronteiriça da Guatemala com o México.
Ao chegarem ao México, foram presos, ele e a família toda. “O período em que
ficamos detidos foi uma tortura”, conta Ivan. “Nós que estávamos fugindo dos
maras agora estávamos num território onde eles mais poderiam estar, na prisão”.
As situações de prisões de refugiados atingiu a casa das centenas de milhares.
De acordo com o ACNUR, 214 mil refugiados foram presos no México e EUA e
mandados de volta em 2016. No mesmo ano, 34 mil crianças desacompanhadas foram
deportadas. “Depois de sobreviverem a situações traumáticas e a viagens
perigosas, ao finalmente chegar a um país seguro, os refugiados precisam
encontrar um ambiente acolhedor onde os seus direitos são respeitados e onde
ele terá ajuda em suas necessidades básicas”, defende Fontanini,
complementando. “Todos os governos da região devem manter suas fronteiras
abertas para assegurar a essas pessoas um acesso seguro.”
Ivan e sua família foram encontrados pelo ACNUR e hoje vivem em um quarto de
hotel no México, onde aguardam a resposta a seus pedidos de proteção
internacional.
Maria, 14, tinha apenas 6 anos quando sua irmã mais velha Isabela desapareceu.
Agora no México, ela sonha com dias melhores.
Crédito: ACNUR
Maria, que estala os dedos ao lembrar de sua irmã Isabel desaparecida, hoje
vive também no México e frequenta um centro de apoio à criança na região. Ela
gosta de desenhar no caderno que trouxe de El Salvador – um dos poucos
pertences que salvou em sua fuga desesperada. A menina, com 14 anos agora,
sonha em viver no Japão, se formar em desenho gráfico e ser arquiteta. Sobre
os assuntos mais sérios, Maria diz querer ter um aquário e colecionar
caranguejos azuis.
http://rosanjose.iom.int/site/ es/blog/migraciones-y-poblacio ;
nes-lgbti-en-mesoam%C3%A9rica
Migraciones y poblaciones LGBTI en Mesoamérica
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- Migraciones y poblaciones LGBTI en Mesoamérica
Categoría: Migrantes VulnerablesAutor: Noemy Serrano Corrales
Para contextualizar la migración de las personas lesbianas, gais, bisexuales,
trans e intersexuales (LGBTI) en Mesoamérica es preciso identificar los
factores estructurales que generan en estas poblaciones condiciones
particulares de vulnerabilidad. En la Declaración Universal de los Derechos
Humanos se establece que todas las personas nacen libres e iguales en dignidad
y derechos (art 1), no obstante, es sabido que la discriminación por razones de
género, edad, etnia, situación socioeconómica, orientación sexual e identidad
de género, entre otras, sigue afectando a un gran número de personas, tal es el
caso de las personas LGBTI.
Las formas específicas de violencia y discriminación que enfrentan las personas
LGBTI debido a su orientación sexual e identidad de género son conocidas como
homofobia, lesbofobia, bifobia y transfobia. Estas son definidas como
expresiones de intolerancia, miedo e irrespeto hacia las personas LGBTI que se
manifiestan a través burlas, rechazo, exclusión, violencia física y sexual
hasta obstaculización del ejercicio pleno de derechos como acceso a educación,
empleo, salud, derecho a una vida privada, etc.
La suma de estas y otras causas generan una constante movilidad forzada en las
poblaciones LGBTI, iniciando con una migración interna (buscando refugio en
casas de familiares, amigas, amigos, otras regiones dentro del mismo país
debido al rechazo familiar a causa de la identidad de género u orientación
sexual) hasta llegar a la migración internacional en donde parten huyendo de
amenazas en sus países de origen hacia otros países de la región o fuera de
ella con el fin de buscar un espacio seguro donde construir una vida digna.
Doble estigma: LGBTI-Migrante
Sin embargo, esta violencia y discriminación no se detiene durante su
movilidad, se podría decir que se agudiza en los países de tránsito y destino.
A los prejuicios y el estigma hacia las personas LGBTI se suma el estigma de
ser migrante; ambos responden a causas estructurales que sustentan prácticas
sociales, es decir, allí donde los patrones culturales son reforzados por
normativas, leyes y reglamentos basados en la lógica heteronormativa o donde la
visión de las migraciones se fundamente únicamente en el paradigma de la
seguridad nacional, por lo tanto, ciertamente se perpetuarán las violaciones a
los derechos humanos de estas personas.
El estudio “Diversidad sexual y movilidad forzada en la Frontera Sur de México
2016”, realizado por el Colegio de la Frontera Sur (Ecosur), profundizó sobre
los diferentes factores que obligan el desplazamiento de esta población
mostrando que su movilidad no es un hecho aislado sino parte de un complejo
proceso de marginación social, donde la violencia es un elemento común en las
historias de vida de estas personas (específicamente la violencia sexual). De
acuerdo al estudio, una de cada tres personas LGBTI centroamericanas
encuestadas dijo haber sido víctima de una violación.
Otro elemento que sobresale es la dificultad para acceder al mercado laboral
debido a prácticas discriminatorias que arrastran desde un sistema educativo
que les excluye y les expulsa, lo que en ocasiones conduce a estas personas a
dedicarse al comercio sexual como medio de subsistencia. Esto les convierte en
presa fácil de la delincuencia organizada que les extorsiona o incluso les
trafica, sobre todo con fines de explotación sexual.
Crímenes de odio en la región
En los últimos años, la persecución a personas sobre la base de su orientación
sexual e identidad de género se ha incrementado. Las manifestaciones de odio y
rechazo como el hostigamiento, los actos de violencia física y sexual, la
tortura, los tratos crueles, inhumanos y degradantes, y los asesinatos (que se
caracterizan por el alto grado de ensañamiento y crueldad) acompañan a algunas
de estas personas durante largos trayectos de su vida.
Durante el 2013 la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) documentó
a través de su registro de violencia que al menos 120 personas LGBTI fueron
asesinadas en Centroamérica (79 en México, 30 en Honduras, 6 en El Salvador, 3
en Guatemala and 2 en Nicaragua). Por su parte, 13 personas (8 en México, 2 en
Honduras, 2 en Panamá y 1 en El Salvador) fueron víctimas de ataques no letales
a su integridad, aparentemente relacionadas con su orientación sexual,
identidad o expresión de género.
Asimismo la CIDH afirma que durante el 2015 se recibieron informes de amenazas
y otras formas de persecución a personas lesbianas, gay, bisexuales y Trans de
Honduras, Guatemala, El Salvador y Nicaragua, teniendo como resultado la
migración forzada de estas personas.
Pese a que en El Salvador, Nicaragua y Costa Rica se han introducido leyes
contra la discriminación basada en orientación sexual, en la región no existe
aún la tipificación de crímenes de odio dentro de los delitos relacionados con
asesinato y otras formas de violencia por orientación sexual o identidad de
género. En los casos de Honduras y El Salvador aunque se han reformado
artículos del código penal para agravar aquellos casos donde se evidencie que
el delito tuvo como motivación el odio o la discriminación, o fue cometido con
saña manifiesta, organizaciones de la sociedad civil denuncian la impunidad en
la judicialización de estos casos.
Lo anterior ha llevado a un incremento en el número de solicitudes de asilo
presentadas por personas LGBTI. De acuerdo con ACNUR, a mayo del 2016 se habían
presentado 65 casos de personas LGBTI solicitantes de la condición de
refugiado en Tapachula, México, siendo más de la mitad solicitudes de personas
trans, las cuales expresan como motivos de salida:
- El pago de extorsiones.
- Reclutamiento forzado para transporte de drogas.
- Explotación sexual de mujeres transgénero y hombres gais.
- Violencia de los miembros de pandillas y violencia intrafamiliar.
- Discriminación.
En Costa Rica, hasta agosto del 2016 ya se tenía conocimiento de al menos cinco
solicitudes donde se señala la persecución a grupos diversos como el principal
motivo por el que se solicita protección. En este sentido, la CIDH ha señalado
que los Estados necesitan adoptar medidas urgentes y efectivas que garanticen
la vida, seguridad e integridad y la dignidad humana de las personas LGBTI
migrantes, o aquellas percibidas como tales, tanto en los países en tránsito
(incluyendo albergues y centros de detención migratoria) así como en los países
de destino.
Todo este panorama evidencia las múltiples vulnerabilidades a las que están
expuestas las personas LGBTI migrantes, así como la necesidad de posicionar el
tema dentro de la discusión sobre migraciones, derivando en medidas concretas
que garanticen la protección y exigibilidad de los derechos de estas personas.
Es preciso que funcionarios de instituciones conozcan, se sensibilicen y
formulen directrices en materia de protección y asistencia a estas personas, de
tal forma que combatan prejuicios al tiempo que actúen en cumplimiento de lo
establecido en materia de derechos humanos tanto a nivel nacional como
internacional.
Como aporte, la OIM a través de su programa Regional Mesoamérica, ha elaborado
un módulo de capacitación: Migración y Poblaciones Lesbianas. Gais, Bisexuales,
Trans e Intersexuales dirigido a instituciones del Estado, organizaciones y
colectivos sociales, así como activistas LGBTI de la región mesoamericana con
el objetivo de impulsar procesos de sensibilización y capacitación en materia
de protección de los derechos de estas personas.
Al respecto, desde el año anterior se han realizado 2 talleres regionales y
varios talleres nacionales en México, Nicaragua, Guatemala, Costa Rica y
Honduras capacitando a un total de 139 personas sobre los procesos migratorios
de la población LGBTI con el fin de valorar estrategias para su protección y
asistencia. De allí surgió la inquietud de conformar la primer red
mesoamericana para la protección y asistencia de las poblaciones LGBTI
migrantes que busca unir esfuerzos entre organizaciones defensoras de derechos
humanos LGBTI e instituciones estatales para construir una respuesta regional
articulada a la población LGBTI migrante y refugiada.
Sobre la autora:
Noemy Serrano Corrales es especialista técnica para el Programa Regional
Mesoamérica de la OIM, punto focal LGBTI y punto focal de género de la Oficina
de la OIM en Costa Rica. Es psicóloga y psicodramatista de la Universidad de
Costa Rica. Se ha desempeñado como asesora técnica y consultora en psicología
social-comunitaria, género y derechos humanos. Ha colaborado con diversas
instituciones y organizaciones tanto en Costa Rica como para programas
regionales en Mesoamérica y Perú, especializándose en el diseño y facilitación
de procesos educativos, así como en la ejecución, monitoreo y sistematización
de proyectos.
http://www.eldiario.es/ desalambre/Informe-menores- ;
LGTB-centroamerica-Unidos_0_ 652684956.html
Niñas y menores LGTBI cruzan México para escapar de abusos sexuales y
"violaciones correctivas"
Un informe del grupo KIND concluye que la violencia sexual y de género que
sufren las niñas y los menores LGTBI en Centroamérica les empujan a huir y
marcan su ruta hacia Estados Unidos
Algunas chicas LGBTI centroamericanas "han sido sometidas a una 'violación
correctiva" para "obligarlas a 'actuar como una mujer", según el estudio
"El pandillero me dijo: 'Vas a ser mía y de nadie más'. Estaba muy asustada,
si le decía 'no' me matarían o me violarían", relata una adolescente salvadoreña
ADDRESS:
Icíar Gutiérrez
10/06/2017 -
Para Cristina, una guatemalteca de 15 años, los problemas empezaron cuando
decidió dejar de vivir en secreto su sexualidad y contar a su familia que le
gustaban las mujeres. "No me aceptaron, me dijeron que estaba equivocada y que
debía intentar estar con un hombre para cambiarme. Un amigo se ofreció a
ayudarme, y pensé que si estaba con él [sexualmente] dejaría de ser lesbiana, y
mi familia me aceptaría de nuevo. Ahora tengo una hija de un año y nada ha
cambiado [en relación con la orientación sexual]. Estoy sola con mi bebé",
relata la adolescente.
Pablo nació en el cuerpo de una niña en una comunidad rural de Guatemala.
Durante la adolescencia, el menor comenzó a vestirse con ropa de chico, lo que
le costó el enfado y los insultos de sus padres, que lo acusaban de "ser
lesbiana". Después comenzaron los golpes en plena calle y las amenazas de las
pandillas de su barrio: si no se vestía como una chica, lo matarían. Pablo
decidió huir a Estados Unidos donde, dice, por primera vez ha podido
reconocerse abiertamente como transgénero.
Sus casos han sido documentados por el grupo Kids In Need of Defense (KIND) y
el Centro de Derechos Humanos Fray Matías de Córdova en el informe Infancia
Interrumpida, que ha sido presentado esta semana. El estudio denuncia que las
diferentes formas de violencia sexual y de género que sufren las niñas y los
menores LGTBI en Centroamérica les empujan a huir de sus países en busca de
protección, pero también marcan su camino por México hacia Estados Unidos.
Todo ello, en un contexto en el que cada vez son más los niños que migran
solos en la región. De acuerdo con el informe, entre 2011 y 2016, las
detenciones de menores no acompañados en Estados Unidos aumentaron un 272%. El
número de niñas que llegan sin la compañía de un adulto también es mayor: del
23% del total de los menores no acompañados en 2012, al 33% en 2016, según
cifras d el Departamento de Salud y Servicios Humanos de Reubicación de
Refugiados de EEUU.
Un grupo de inmigrantes deportados, entre ellos varios niños EFE
"Un creciente número de investigaciones indica que muchos de estos niños son
forzados a abandonar sus hogares debido a la violencia. Sin embargo, se sabe
menos del papel específico que juega la violencia de género en la migración de
los niños centroamericanos", resume el informe, para el que han sido
entrevistados más de 70 expertos y 96 menores procedentes de El Salvador,
Honduras y Guatemala.
Abusos sexuales por pandillas, familiares y parejas
Una de las participantes es María, una salvadoreña de 17 años. Cuando era
pequeña, explica la investigación, su padrastro intentó abusar sexualmente de
ella. La menor se fue a vivir con su abuela en un barrio dominado por las
pandillas. Cuando comenzaron a fijarse en ella, con 11 años, volvió con su
madre y su padrastro, que intentó violarla de nuevo. Decidió huir a Estados
Unidos para reunirse con su tío, pero fue detenida en México. Ahora está a la
espera de la deportación a El Salvador.
Teresa, también de 17, abandonó Guatemala para escapar de su exnovio, 10 años
mayor que ella, que la presionaba para mantener relaciones sexuales. Lila, por
su parte, tiene 16 años y huyó de las bandas en El Salvador. "Cuando bajé del
autobús escolar, Edgar estaba allí. Él era miembro de la pandilla y quería que
yo fuera su mujer", relata. "Me dijo: 'Vas a ser mía y de nadie más'. Estaba
muy asustada porque sabía que si le decía 'no' me pasaría algo malo, es decir,
me matarían, me harían daño o me violarían. Me dijo que no podía escapar de él.
Tenía que estar con él por la fuerza", añade.
Cae la noche y los migrantes que han llegado a Tecún Umán (Guatemala)
comienzan a descender a la orilla del Río Suchiate para cruzar a México. Asier
Vera Santamaría
Niñas y menores LGTBI son, según el estudio, las víctimas "más frecuentes" de
las múltiples formas que adopta la violencia sexual en los países
centroamericanos: la perpetrada por pandillas y otros grupos organizados pero
también las relaciones sexuales forzadas en pareja, el "extremadamente
extendido" abuso sexual por parte de familiares, las agresiones sexuales en el
lugar de trabajo y la trata de personas. De los 30 menores entrevistados que
sufrieron violencia sexual y de género en su país de origen, 21 aseguran que
han migrado por este motivo.
"Violaciones correctivas" a chicas LGTBI
En el caso de los adolescentes LGTBI, "son a menudo objeto de violencia", no
solo sexual sino física y verbal, dentro del hogar. Las organizaciones aseguran
que algunas chicas LGBTI "han sido sometidas a una 'violación correctiva' por
familiares o personas conocidas" para "obligarlas a "actuar como una mujer".
Otros, como Cristina, son "presionados" para tener relaciones con alguien del
sexo opuesto con el fin de "curar" su orientación sexual o identidad de género.
A esto se le une "el acoso" y "la extorsión" de las bandas. Como ejemplo, las
organizaciones denuncian que algunas pandillas en El Salvador "han exigido a
los miembros que atacar a las personas LGBTI como parte de su iniciación".
La "falta de protección" les fuerza a huir
El estudio también concluye que la "falta de protección" y los "innumerables
obstáculos " que enfrentan los menores para denunciar la violencia sexual y de
género. En primer lugar, les bloquea la vergüenza y el miedo a "las amenazas
directas" del abusador. Además, "con frecuencia se les culpa a ellos por lo que
les pasó", apuntan las organizaciones.
Asimismo, les disuade la "falta de acceso" a la justicia, "las tasas elevadas"
de impunidad y "la discriminación" por parte de funcionarios que "carecen de
formación y sensibilidad adecuadas". En este sentido, el informe concluye que l
os sistemas de protección infantil en El Salvador, Honduras y Guatemala no
tienen capacidad para proporcionar servicios como una alternativa de vivienda o
apoyo psicológico porque están "insuficientemente financiados".
Violaciones, trata y sexo transaccional en la ruta
Esta falta de apoyo también se extiende a los menores migrantes y refugiados
supervivientes de violencia sexual y de género durante su viaje hacia México y
Estados Unidos. Chicas como Lillian, una hondureña de 17 años entrevistada
durante la investigación. Tras cruzar la frontera de Guatemala con México, la
joven asegura que el conductor del autobús en que viajaba la agredió
sexualmente mientras se duchaba en un puesto de carretera. No se lo contó a
nadie.
Los niños migrantes, especialmente niñas y menores LGTBI, experimentan
diferentes formas de violencia por parte de "grupos organizados, traficantes,
funcionarios de inmigración y otros migrantes" que van desde el acoso sexual y
la violación, hasta la trata de personas con fines de explotación sexual y
laboral, pasando por el "sexo de supervivencia forzado".
El temor a la deportación y a la detención hace que los menores no denuncien
los abusos que sufren en la ruta, según el informe. Por otro lado, los autores
sentencian que los "períodos prolongados de detención y la falta de información
y representación legal" provoca que quienes escapan de la violencia sexual y de
género no soliciten el asilo en México.
El estigma tras la deportación
De acuerdo con el documento, el número de niñas migrantes centroamericanas
deportadas desde México aumentó del 17% en 2012 al 25% en 2014. En general, el
la cantidad menores no acompañados deportados desde el país mexicano ha crecido
de "forma espectacular", un 446% entre 2011 y 2016.
"Muchos de los niños son devueltos a la situación de violencia de los que
huyeron", critica KIND. La investigación hace especial énfasis en "el estigma"
y "la exclusión", en forma de rumores y acoso, a los que se enfrentan los
menores supervivientes de violencia sexual y de género cuando regresan a sus
comunidades. Esto se debe, sobre todo, a "las normas sociales omnipresentes que
estigmatizan la actividad sexual de las mujeres fuera del matrimonio y las
culpan de la violencia sexual", explican.
Es el caso de Laura (nombre ficticio) que cuenta, según la ONG Casa Alianza,
cómo fue rechazada tras volver a su comunidad en Honduras. Sus vecinos daban
por hecho que, al emigrar, "debió haber dormido con muchos hombres". Lo más
doloroso, según la menor, era que los padres de sus amigos "ya no les permitían
jugar con ella porque había cogido 'malos hábitos' en el viaje".
Center for Migration Studies
and Cristosal (El Salvador) Issue Report
on Return of Central American Refugees
On World Refugee Day, report shows that the United States and Mexico are
returning Central American refugees to danger and violating the principle of
non-refoulement
New York, NY – On World Refugee Day 2017, the Center for Migration Studies
(CMS) and Cristosal (El Salvador) released a report entitled, Point of No
Return: The Fear and Criminalization of Central American Refugees. The report
is available at http://cmsny.org/publications/ cms-cristosal-report.
The report details ten cases from the Northern Triangle of Central America—four
from El Salvador and three each from Guatemala and from Honduras—which
chronicle the journeys of refugees in search of protection, how the system did
not protect them, and what they face upon return to their home countries. The
report concludes that the United States and Mexico are returning Central
American asylum-seekers to danger, and, as a result, are violating the
international principle of non-refoulement. Overall, 18 cases were interviewed
and analyzed for the study.
Jeanne Rikkers, Director of the Center for Research and Learning at Cristosal,
which interviewed the refugees, stated that those returned to their home
countries remain living in fear and are restricted from attending school or
obtaining employment. The majority are in hiding, restricted in their movements
and liberty. Some have had family members killed in their place.
“The denial of due process to these refugees and their return by US and Mexican
authorities have forced them into hiding, where they are unable to live normal
lives,” Rikkers said. “They remain in danger and could still become victims of
organized crime. It amounts to refoulement, which is a violation of
international law.”
Donald Kerwin, CMS's executive director, stated that family networks, both in
Central America and in the United States and Mexico, have replaced governments
as a source of protection for many refugees.
“The sad truth is that family networks have filled the protection void that
sending, transit and receiving countries have created,” Kerwin said.
“Tragically, family members are not always in a position to protect their loved
ones and they themselves can become targets of organized crime in the absence
of targeted family members.”
Kevin Appleby, CMS's Senior Director of International Migration Policy, called
upon the governments, who recently concluded a conference in Miami to address
security and economic issues in the region, to replace deterrence with
protection policies.
“For the past several years, the US and Mexico have done everything possible to
deter refugees from fleeing violence in the Northern Triangle, to no avail and
to the detriment of their rights,” Appleby said. All the nations in the region,
including the US, must cooperate to ensure that these vulnerable families and
children are protected, until the root causes of their flight can be adequately
addressed.” The report includes several policy recommendations for the
governments to consider.
For more information on the report or to set up interviews with one of the
report’s authors, please contact Rachel Reyes, CMS’ Director of Communications,
at (212) 337-3080 x 7012 or rreyes@xxxxxxxxx.
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The Center for Migration Studies (CMS) is a New York-based educational
institute devoted to the study of international migration, to the promotion of
understanding between immigrants and receiving communities, and to public
policies that safeguard the dignity and rights of migrants, refugees and
newcomers. For more information, please visit www.cmsny.org.
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http://noticieros.televisa.com/ultimas-noticias/estados/2017-06-23/termina-plazo-que-haitianos-bc-eviten-ser-deportados/
Termina plazo para que haitianos en BC eviten ser deportados
por: Noticieros Televisa | FUENTE: noticieros televisa | DESDE: TIJUANA,
México | junio 23, 2017 | 4:45 am Estados
Los migrantes haitianos tendrán una última oportunidad de establecerse
legalmente en Baja California por razones humanitarias o con permisos de
refugios permanentes.(AP, archivo)
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Los migrantes haitianos que se encuentran en Baja California y que no han
regularizado su situación migratoria podrían ser deportados en los próximos
meses.
“Hasta ahorita ha habido mucha tolerancia en el tema de los operativos de
control migratorio porque entendemos que ellos se quedaron varados con el
cambio de la política migratoria norteamericana, pero nuestro trabajo como
agencia del ordenamiento migratorio es poner orden”, Rodulfo Figueroa, delegado
del Instituto Nacional de Migración (INM) en BC.
El INM indicó que más de tres mil haitianos están en Baja California, 400 de
ellos viven ilegalmente en Tijuana.
El resto cuenta con permisos anuales de estancia legal y han sido incorporados
al Instituto Mexicano del Seguro Social (IMSS).
“Llevamos 937 en el último corte que tenemos de haitianos que se han
incorporado a la fuerza laboral de Baja California, se han acercado al área
médica y no hemos detectado alguna enfermedad que pudiera provocar alguna
epidemia”, dijo Francisco Iván Beltrones, delegado del IMSS en Baja California.
Los operativos migratorios arrancarán en el último trimestre del año.
Los migrantes haitianos tendrán una última oportunidad de establecerse
legalmente en Baja California por razones humanitarias o con permisos de
refugios permanentes.
Con información de Antonio Avilez
LHE
From: Carlos Antonio Heredia Zubieta <carlos.heredia@xxxxxxxx>
To: Colombiamigra <colombiamigra@xxxxxxxxxxxxx>, william mejia
<dmarc-noreply@xxxxxxxxxxxxx>
Desde México les comparto la publicación de mi nuevo libro, El sistema
migratorio mesoamericano, por El Colegio de la Frontera Norte (El Colef) y el
Centro de Investigación y Docencia Económicas (CIDE):
http://www.libreriacide.com/?P =producto&PRODfamily=&PRODclas ;
sification=1&PRODproduct=16156 39#.WO51L9LhDIU
El sistema migratorio mesoamericano
El sistema migratorio mesoamericano proporciona al lector de comprensión acerca
de las interdependencias laborales entre, por un lado, Honduras, El salvador,
Guatemala y México; y por el otro, Estados Unidos, país de destino común. Estos
cinco piases, cuyo perfil demográfico es muy favorable, están unidos por sendos
tratados de libre comercio. Se habla de convertirlos en una plataforma de
producción altamente competitiva a nivel global, pero en contraste con la libre
movilidad de mercancías e inversiones, en este ámbito prevalece el
endurecimiento del control migratorio, así como la inexistencia de derechos
para los trabajadores migrantes indocumentados, sin olvidar la violencia de
todo tipo en los flujos de origen, tránsito, destino y retorno forzado.
Dirigidos a un público amplio, estos textos ofrecen una nueva narrativa sobre
movilidad humana y articulan propuestas para el desarrollo local. Son producto
del Programa interdisciplinario en Estudios Migratorios (cide-mig), con el
generoso apoyo de la Oficina para México y Centroamérica de la Fundación Ford,
en alianza con El Colef.
[mensagem organizada por Helion Póvoa Neto]
__._,_.___ Enviado por: "niem.migr" <NIEM.migr@xxxxxxxxx>
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