SE VOCÊ NÃO É JÓIA, MAS QUISER SER... ________________________________ <http://www.veja.com.br> <http://busca.abril.com.br/veja/busca.jhtml> <javascript:Janela_Fixa('http://veja.abril.com.br/idade/guia_navegacao/tela01.html','GUIA_NEVEGACAO','708','530');> <http://veja.abril.com.br/idade/fale_conosco/telefones.html> <javascript:menu();> <javascript:menu();> <javascript:menu();> <javascript:menu();> <javascript:menu();> Edição 1935 . 14 de dezembro de 2005 <javascript:Janela_Capa('http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/141205/capa.html','http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/141205/sumario.html');> Índice <http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/141205/sumario.html> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> <http://veja.abril.com.br/Templates/pixTransp.gif> Lya Luft <http://veja.abril.com.br/141205/ponto_de_vista.html> Millôr <http://veja.abril.com.br/141205/millor.html> Diogo Mainardi <http://veja.abril.com.br/141205/mainardi.html> Tales Alvarenga <http://veja.abril.com.br/141205/tales_alvarenga.html> André Petry <http://veja.abril.com.br/141205/andre_petry.html> Roberto Pompeu de Toledo <http://veja.abril.com.br/141205/pompeu.html> Carta ao leitor <http://veja.abril.com.br/141205/cartaleitor.html> Entrevista <http://veja.abril.com.br/141205/entrevista.html> Cartas <http://veja.abril.com.br/141205/cartas.html> Radar <http://veja.abril.com.br/141205/radar.html> Holofote <http://veja.abril.com.br/141205/holofote.html> Contexto <http://veja.abril.com.br/141205/contexto.html> Datas <http://veja.abril.com.br/141205/datas.html> Veja essa <http://veja.abril.com.br/141205/vejaessa.html> Gente <http://veja.abril.com.br/141205/gente.html> VEJA Recomenda <http://veja.abril.com.br/141205/veja_recomenda.html> Os livros mais vendidos <http://veja.abril.com.br/141205/veja_recomenda.html#lista> Sociedade Há jóia depois da morte Empresa suíça transforma cinzas de cremações em diamantes sintéticos Dalen Jacomino, de Zurique Fotos divulgação As pedras lapidadas: "parte da família" Nascer, viver, morrer. E, sobrevindo a morte, enterrar ou cremar. A essa seqüência praticamente imutável desde o início dos tempos uma empresa suíça, a Algordanza, oferece um passo a mais: transformar em diamante as cinzas do ente querido. O processo é realizado por meio da compressão das moléculas de carbono (mais ou menos o que o Super-Homem faz, com a maior facilidade, apertando um pedaço de carvão) presentes no corpo humano - e, portanto, nas cinzas da cremação. Passadas algumas semanas, o pó vira pedra preciosa, que pode ser guardada em casa ou transformada em jóia. "A proposta da Algordanza é oferecer uma alternativa ao sepultamento e à cremação", diz Rinaldo Willy, 25 anos, fundador, junto com Weit Brimer, 40, da empresa criada em julho de 2004 em Chur, região leste da Suíça, e que atualmente entrega de oito a doze diamantes sintéticos por semana, mas prevê produzir seis vezes mais em 2006. Um dos primeiros clientes da Algordanza - que quer dizer "memória, recordação" em romanche, uma das quatro línguas oficiais da Suíça -, o empresário austríaco Andreas Wampl, 44 anos, conta que perdeu o pai no fim de outubro do ano passado e, com o apoio da sua mãe e do irmão, resolveu usar metade das cinzas da cremação para fazer um diamante (a outra metade teve um funeral tradicional). Em dois meses, a família recebeu a pedra, que foi depositada em uma caixinha colocada ao lado da foto do pai, numa estante da sala. Qual foi a sensação? "No começo era estranho, uma peça sem grande valor sentimental", diz Wampl. Com o tempo, porém, o diamante virou "parte da família". Os Wampl planejam agora acoplar a pedra a uma peça de joalheria, destino de 70% dos diamantes produzidos pela Algordanza - que não presta esse serviço. Para obter um diamante são necessários pelo menos 500 gramas de cinzas. O material é submetido a um processo químico para separar o carbono das outras substâncias - a Algordanza afirma que, ao contrário da concorrência, que já avança nos Estados Unidos, usa unicamente o carbono presente nas cinzas do falecido para fazer a pedra. Na segunda fase, o carbono é purificado e submetido a altíssima pressão e temperatura, para acelerar a transformação em diamante. O processo, que na natureza pode levar milhões de anos, no método inventado na Rússia e patenteado por Willy e Brimer demora entre três e seis semanas. Quanto mais tempo, maior o valor da pedra. Por fim, o diamante é lapidado em três opções de formato: brilhante (arredondado), quadrado e coração. A cor é azulada, mas cada pedra tem um tom próprio, dependendo da composição química das cinzas. O preço varia de 3.800 euros, o diamante de meio quilate, a 11.000, o de 1 quilate (10.000 a 28.000 reais). Segundo Willy, 68% dos clientes são mulheres e quase metade dos pedidos vem do Japão. "Como não há muito espaço para enterrar os mortos, os japoneses realizam cerca de 1 milhão de cremações por ano", diz. No total, a Algordanza tem escritórios em quinze países e planeja se expandir para os Estados Unidos e a América do Sul no ano que vem. topo voltar <javascript:history.go(-1);>