[Nefelibatas] RES: [Nefelibatas] INVASÃO DE RICOS X DE POBRES
- From: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
- To: "'analistas2002@xxxxxxxxxxxxx'" <analistas2002@xxxxxxxxxxxxx>
- Date: Wed, 20 Oct 2004 15:12:10 -0300
Penso que são duas situações bem diferentes...
No caso dos assaltantes pés-de-chinelo e dos ladrões de
colarinho branco temos dois criminosos em diferentes graus e tanto um como o
outro devem ser colocados atrás das grades.. Ambos são claramente danosos à
sociedade em escalas diferentes...
Essa lógica não me parece servir para invasores pobres ou ricos..
Nesse caso, estamos falando de invasores pobres que apenas estão em busca de
um lugar para morar, não causam nenhum grande prejuízo ou dano para ninguém,
diferentemente do ladrão..
Ao passo que o invasor rico invade com a intenção de obter mais
lucro mediante aluguel de chalés ou o que quer que seja.. Seu direito de
moradia está mais que garantido, o que não é o caso dos invasores pobres
(para essa situação específica pelo menos).. Mas entre o direito à moradia
de uns e o direito de encher a burra de outros, naturalmente que sobra para
os pobres..
Me parece que essa lógica não serve para as duas situações: ladrão
rico X ladrão pobre e invasor rico X invasor pobre.. Ladrões devem ser
fulminados, não importa se ricos ou pobres e nem a ordem..
Caléo
-----Mensagem original-----
De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx
[mailto:analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx]Em nome de
analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Enviada em: quarta-feira, 20 de outubro de 2004 14:53
Para: 'analistas2002@xxxxxxxxxxxxx'
Assunto: [Nefelibatas] ENC: [Nefelibatas] INVASÃO DE RICOS X DE POBRES
Ao tempo em que considero injusto o tratamento desigual entre ricos e
pobres, consola-me minimamente saber que ao menos as invasões dos pobres
começam a ser controladas.
Já pensou se se recusassem a prender punguistas e assaltantes pé-de-chinelo
enquanto não se conseguissem punir todos os crimes de colarinho branco?
Nada obstante, há que se partir para cima dos graúdos, deveras.
Amplexos,
Claudio
-----Mensagem original-----
De: analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx
[mailto:analistas2002-bounce@xxxxxxxxxxxxx] Em nome de
analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Enviada em: quarta-feira, 20 de outubro de 2004 09:42
Para: Camaradas (Correio eletrônico)
Assunto: [Nefelibatas] INVASÃO DE RICOS X DE POBRES
DERRUBAR A INVASÃO DOS POBRES DERRUBAM, MAS A ACADEMIA DE TÊNIS MESMO,
INVASORA, É INTOCÁVEL... INVADE, NÃO PAGA ÁGUA, LUZ...
Invasão
Barracos começam a ser demolidos na Vila Brasília
Éderson Marques
e Diana Pimentel
Do CorreioWeb
19/10/2004
15h52 - Começaram a ser demolidos nesta terça-feira os primeiros barracos da
Vila Brasília, invasão localizada próximo à Academia de Tênis. No total, 12
famílias foram retiradas até às 17h. Desde o início da manhã, 30 caminhões,
cinco tratores, militares das tropas de choque e da cavalaria da Polícia
Militar, além de funcionários do Siv-Solo e Secretaria de Desenvolvimento
Urbano e Habitação (Seduh) participaram da operação. Segundo o diretor
executivo do Siv-Solo, Sérgio Mandarino, a retirada, que continua nesta
quarta-feira, deve durar oito dias.
A demolição foi pacífica, já que os moradores concordaram em sair do local.
Das 162 famílias que vivem na invasão, 106 receberam terrenos em Samambaia,
doados pelo governo do Distrito Federal. O restante será encaminhado para um
albergue em Taguatinga ou receberá uma passagem de volta para a cidade de
origem.
De acordo com o coronel Lobo Rodrigues, do Comando Regional Metropolitano da
PM, os moradores que quiserem sair terão a mudança feita pelos caminhões que
estão a serviço do Siv-Solo. Por enquanto, os que se recusam a sair não
serão retirados à força. Por volta das 14h três barracos começaram a ser
demolidos. "Estamos demolindo para que outras famílias não se apossem do que
é irregular", justificou.
As famílias que vivem na Vila Brasília reivindicam o prazo até dezembro para
se mudarem para Samabaia. De acordo com a presidente da Associação dos
Moradores da Vila Brasília, Maria Julia dos Santos Rocha, os moradores
querem garantir a transferência de todos os moradores. "Não vamos deixar o
Siv-Solo derrubar as casas enquanto não decidir o que vai ser feito com as
famílias que não tem para onde ir", afirmou.
Mudança
A primeira moradora a concordar com a mudança foi a dona de casa Glória
Abadia de Faria, de 39 anos. Residente na Vila Brasília a 9 anos, ela
resolver sair para receber um lote na quadra 211 de Samambaia. "Não dá para
ficar em um lugar que não é nosso. Prefiro sair hoje para garantir um lote
regularizado amanhã", disse, exibindo orgulhosa o Termo de Compromisso de
recebimento de lote da Seduh.
Após a decisão de Abadia, outros dois moradores resolveram sair. "Foi o que
combinamos. Quem quiser mudar, nós vamos garantir a segurança. Quem quiser
ficar pode, mas a operação continua durante toda a semana", adiantou
Rodrigues.
Confronto
A demolição da Vila Brasília segue tranqüila, mas foi marcada por um
confronto no início do dia. Desde às 8h30, quando chegaram os caminhões e
tratores do Siv-Solo, Francisca das Chagas Gomes de Souza, 27 anos,
perturbava o trabalho dos agentes. Quando eram ligados os motores, ela
rapidamente subia nos caminhões ou entrava na frente dos tratores. A
situação durou por algumas horas.
Por volta das 10h30, um agente do Siv-Solo deu ordem de prisão para a
moradora. Os outros moradores ficaram agitados quando viram Francisca
algemada e partiram para cima do agente. Cláudio Neves da Silva, 35 anos,
derrubou o funcionário do GDF no chão e foi preso em flagrante. Os polícias
do Batalhão de Operações Especiais (Bope) lançaram uma ofensiva contra os
protestantes com gás lacrimogêneo e a situação foi controlada. Os dois
moradores presos foram encaminhados para a 1ª Delegacia de Polícia (Asa
Sul).
"Perdoe sempre a seus inimigos; não há maneira melhor para irritá-los."
Oscar Wilde
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Grupo de Analistas Legislativos da Câmara dos Deputados
- Atribuição Técnica Legislativa -
empossados a partir de 17/01/02.
E-mail: analistas2002@xxxxxxxxxxxxx
Site: //www.freelists.org/list/analistas2002
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"Nobody can give you freedom. Nobody can give you equality or justice or
anything. If you're a man, you take it."
Malcolm X, Malcolm X Speaks, 1965
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