Tirado de http://www.linuerj.uerj.br/modules.php?name=Sections&op=viewarticle&artid=7 Autores: Helton Nogueira Uchôa (uchoa@xxxxxxxxxxxxxx) Ivanildo Barbosa (ivanildo@xxxxxxxxxxxxxx) Robson Azevedo Silva (robson@xxxxxxxxxxxxxx) Paulo Roberto Ferreira (roberto@xxxxxxxxxxxxxx) Márcia Paula Pires da Silva (marcia@xxxxxxxxxxxxxx) (Resumo da Palestra apresentada na 1 Semana do Software Livre da UERJ) O software livre está sendo responsável por uma grande revolução tecnológica nestes últimos anos. Sem dúvida, este fato é mais visível na área de Tecnologia da Informação (TI), mas um número cada vez maior de setores dependentes de softwares comerciais estão aderindo aos padrões abertos. Atualmente, aplicações baseadas em Sistemas de Informação Geográfica (SIG), por exemplo, já podem ser implementadas em um ambiente completamente livre, sem qualquer custo de licenciamento de software. O site www.freegis.org deve ser o ponto de partida para qualquer profissional da área de GEO que busca soluções de baixo custo para o seu projeto. Observando o Freegis, podemos ter uma idéia da quantidade de projetos disponíveis e do potencial das aplicações para a área de Geotecnologia. A dúvida, então, passa ser: por onde começar num universo de tantas possibilidades? Todo profissional que atua na área de tecnologia busca sempre casos de aplicação de determinada solução, quais os problemas enfrentados e quais os resultados obtidos. Analisando justamente estes pontos, pode-se destacar o MapServer (http://mapserver.gis.umn.edu/) que é um poderoso API muito flexível e “escalável” (pode ser ampliado de acordo com a necessidade do usuário). A quantidade de empresas privadas e órgãos públicos que utilizam o MapServer pode ser observada na galeria do site oficial do mesmo. Para se ter uma idéia do potencial que uma solução baseada no MapServer pode fornecer, basta saber que, dependendo de como este API foi compilado, ele pode emular até um servidor ArcIMS da ESRI®. O projeto nacional baseado na licença GPL de maior destaque para aplicações em SIG é o Terralib (http://terralib.dpi.inpe.br/home.html). Esta biblioteca permite uma boa variedade de aplicações, mas está longe de ter as potencialidades do MapServer. Para a implantação de um banco de dados geográfico, podemos destacar o PostgreSQL que é um poderoso SGBD objeto-relacional de código aberto. Ao ser integrado ao PostGIS (http://postgis.refractions.net/), o PostgreSQL passa a ter o padrão estabelecido na SFS (Simple Features Specification) for SQL do consórcio OpenGIS. Este padrão garante a interoperabilidade de servidores de dados geográficos. As ferramentas de análise topológica também já estão bem avançadas no mundo do software livre com a presença de um projeto bem robusto: o JTS Topology Suite (http://www.vividsolutions.com/jts/jtshome.htm). Este projeto contempla praticamente todo o padrão da SFS for SQL e foi totalmente escrito em Java, permitindo total independência de plataforma. Este API já foi portado para C++ através do projeto GEOS (Geometry Engine - Open Source - http://geos.refractions.net/) e atualmente está sendo integrado ao PostGIS utilizando a própria biblioteca GEOS. Como se pode perceber, as possibilidades são muitas e, na realidade, o maior problema é saber identificar a melhor opção para cada caso. Acompanhar a evolução do software livre requer um estudo contínuo e intenso, por isso os profissionais desta área precisam possuir um alto grau de dedicação. O correto entendimento do potencial das soluções livres é que vai permitir que o melhor custo/benefício seja obtido num projeto. -- Carlos Laviola <carlos@xxxxxxxxxxx>