(no subject)

  • From: medicina.unimar.2015a@xxxxxxxxx
  • To: "medsociala1@xxxxxxxxxxx" <medsociala1@xxxxxxxxxxx>
  • Date: Mon, 14 Sep 2015 18:05:26 -0300

Pessoal, era para eu fazer a questão 7, mas não soube fazer. Então estou
mandando uma da Thaise pois ela tinha 2.
4 - o que indica OR? E OR ajustado? Como calcula? Existem outros tipos?


Em estudos de caso-controle os pacientes são incluídos de acordo com a
presença ou não do desfecho. Geralmente são definidos um grupo de casos (com
o desfecho) e outro de controles (sem o desfecho) e avalia-se a exposição (no
passado) a potenciais fatores de risco nestes grupos.

Devido ao fato de que a montagem deste tipo de estudo baseia-se no próprio
desfecho, não se pode estimar diretamente a incidência do desfecho de acordo
com a presença ou ausência da exposição, como é usual em estudos de
coorte. Isto se deve ao fato de que a proporção casos/controles ou
desfecho/não-desfecho é determinada pelo próprio investigador. Assim, a
ocorrência de desfechos no grupo total estudado não é regida pela história
natural da doença e depende de quantos casos e controles o pesquisador
selecionou. Por exemplo, um médico conduz um estudo de caso-controle com 200
crianças moradoras de Porto Alegre: 100 epilépticas e 100 controles. Se
tentarmos estimar a ocorrência da doença na população dividindo o número
de casos (100) pelo tamanho total do grupo estudado (200), teremos 100/200 =
0,5. Esta fração certamente não corresponde a incidência ou mesmo
prevalência da epilepsia em nosso meio.

Apesar de não se poder estimar diretamente as incidências da doença
(desfecho) entre expostos e não-expostos em estudos de caso-controle, é
possível, entretanto, estimar a razão destas incidências, ou seja, o RR.
Para isto, a fórmula utilizada para calcular o RR em um estudo de coorte deve
ser adaptada para ser aplicada em um estudo de caso-controle. Isto se deve ao
fato de que se o desfecho for suficientemente raro na população
(aproximadamente 10% ou menos), o RR pode ser estimado em estudos de
caso-controle através da razão dos “ odds” de exposição entre casos e
controles. Esta quantidade é freqüentemente denominada RGGV􏰀UDWLR.

A expressão “odds” não possui equivalente em português. Desta forma, alguns
epidemiologistas referem-se ao RGGV􏰀UDWLR como “ razão de chances” , “ razão
de produtos cruzados” ou ainda “ razão de odds” . Em vista disso, optamos por
ficar com o termo original.

A fórmula do odds ratio (OR) segue abaixo:

OR= a/c = ad b /d bc

Substituindo com os valores da Tabela 1 temos que
OR= 275/311 =275×4496=1,85

2144 /4496 2144 × 311

Utilizando-se um mesmo grupo de dados, o valor obtido para a medida de
associação pela fórmula do OR é geralmente maior do que aquele que se
obtém através da fórmula tradicional do RR. No entanto, pode-se dizer que
para os dados da Tabela 1, o OR = 1,85 é uma aproximação razoável para RR =
1,75. À medida que o evento mensurado é mais raro esta aproximação torna-se
progressivamente mais acurada.

De modo semelhante ao RR, avalia-se a variabilidade amostral do OR através do
cálculo de intervalos de confiança. Assim, também aceita-se que valores
amostrais de OR apresentem uma distribuição log-normal, que é normalizada
com a transformação logarítmica. Segundo o método de Woolf6, a fórmula
proposta para o OR é:

ICOR= exp[ln(OR)± Zα ⋅EPln(OR)]


Assim, RR e OR são as medidas de escolha para estudarmos os possíveis
determinates das doenças, sendo freqüentemente utilizados em estudos de
coorte e de caso- controle, respectivamente.

Other related posts: