[platcore] Re: selo/editoras

  • From: "ricardorosas" <ricardorosas@xxxxxxxxxx>
  • To: "platcore" <platcore@xxxxxxxxxxxxx>
  • Date: Thu, 11 Aug 2005 03:38:39 -0300

Meninos,
Perdoem minha ausência, mas eram as tarefas diárias me tomando.
Olha, eu acho as colocações de ambos super-válidas. E sinceramente a idéia do 
George me parece muito sedutora. Acho mais viável para nós, em face das 
inconstâncias da Conrad. Além do barateamento que o george propôs, fundamental 
na escassez em que nos encontramos, pois, pelo que vi, só receberemos agora 
3.000 euros, os outros mil vem depois...
Comento os posts da Giseli numa próxima mensagem.
Abs
Ricardo


Pode crê,

primeiro desculpem-me com a quantidade de fowards que eu mandei, tava mudando o 
meu mail da lista e tava com medo de não chegar.
eu acho a idéia do selo du caralho, só coloquei as outras questões pruma 
discussão....
O digitofagia é pra esse semestre, mas acho que dá pra tentar outra pra junho 
que vem!!
outra: gostaria que as conversas fossem todas feitas por essa lista, trocas 
particulares em assuntos que requerem debate coletivo não são legais, né!? 
então que plis voltemos a ter ou repassar as conversas por aqui....

PJ


> On 8/6/05, Georges Kormikiaris <georges@xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx> wrote:
On 06 de ago de 2005, at 14:17, paulo lara wrote:

> On 8/6/05, paulo lara <paulolara@xxxxxxxxx> wrote:
>>  * funciona algum tipo de parcerias entre editoras?

Que eu saiba não, mas como estou há pouco tempo nesse mercado talvez
exista e eu desconheça. No fundo, duvido muito que role, principalmente
com editoras grandes e já consolidadas como as que vc citou. O que rola
é parceria de editora com agências de fomento, então tem livro que sai
por uma editora com ajuda da Fapesp, por exemplo. Aí, na capa tem tanto
a logomarca da editora quanto da Fapesp.
Uma parceria entre editoras não tem muito sentido porque vc teria a
concorrência dentro do próprio título. Imagine a situação: o vendedor
de uma editora batendo cabeça com o de outra na mesma livraria pra
vender o mesmo título... Sem contar que pra tiragem que vcs imaginaram
inicialmente, 1.000 exemplares, ou mesmo a que eu sugeri ao Ricardo,
1.500 exemplares, nem justifica o trabalho que daria fazer a divisão
disso, contratos entre ambas as editoras e todos os autores, etc. É
muita confusão por um benefício nulo. Todas editoras usam os mesmos
distribuidores, os mesmo canais de divulgação, não tem sentido dividir
o título.
Quando eu ainda fazia uns discos de umas bandas punks uns anos atrás,
às vezes dividia uma prensagem de 1.000 cópias com outro selo, mas cada
um vendia pra distribuidoras e pessoas diferentes, aí fazia sentido. No
caso do mercado editorial, que já está totalmente profissionalizado (ao
contrário do de música independente), acho que não tem sentido.

>> pq pelo jeito temos a conrad a garamond em contato e espero que a
>> plataforma leve a Unicamp (sua editora) a ver com bons olhos algum
>> tipo de projeto de publicação pra dar continuidade neste trampo com
>> viés de pesquisa. Pensei, como há gráfica e contatos bons na Unicamp
>> (embora as coisas demorem um pouco) que poderíamos tentar algo.

Sem querer me intrometer na decisão de vcs, o que eu acho que vcs tem
que pesar é a proposta de cada editora. Eu fiz a minha, vcs deveriam
apresentar os textos que comporiam esse primeiro livro pra outras
editoras e ver que proposta elas fazem. Muito provavelmente, o que elas
irão propor é que todo custo de lançamento, distribuição, produção,
etc, seja delas, isto é, vcs passam apenas a autores do conteúdo. Em
troca recebem direitos autorais de 10%. Isso é a praxe do mercado
editorial. O lado positivo é que o custo de vcs é zero e ainda podem
ganhar algum com as vendas dos livros. O lado negativo é que vcs não 
tem controle nenhum sobre o produto final e a coleção dura enquanto a
editora que estiver lançando achar interessante. O que eu propus é
totalmente diferente disso. Eu propus que vcs sejam um selo editorial
dentro da minha editora. O lado negativo é que vcs tem que correr atrás
da grana pra produzir o livro, mas 30% do preço de capa volta pra vcs e
a coleção é dirigida por vcs. E mesmo que não venda muito, eu continuo
com o selo aberto dentro da minha editora porque o meu custo é baixo
pra manter o selo e eu já pago mesmo por tudo aquilo que ofereci
(estocagem, assessoria, distribuição, divulgação, etc). Se o livro
vender razoavelmente, com os 10% que eu cobraria por isso consigo
amortizar um pouco os custos totais fixos que eu já tenho, sem contar
que ao aumentar o meu catálogo eu tenho mais facilidade com
distribuidores (é mais fácil vender prum distribuidor quando vc tem um
catálogo maior). Ou seja, existem vantagens tanto pra Radical quanto
pro Midiatática nessa composição, todo mundo sai ganhando. Com outras
editoras, eu acredito que vcs virem apenas autores da coleção, não os
responsáveis por ela.

>>  *O circuito acadêmico pode ajudar bastante, temos condições de fazer
>> atividades e lançamentos em universidades que podem ajudar a
>> divulgação, vendas e busca de mais material. pode-se tentar isso?

Sim, isso seria muito apropriado.

>>  * quanto ao material acho que temos muito, sim. o problema é que as
>> vezes não há segurança com lançamento, distribuições recursos e tal,
>> caso isso fique mais ou menos engatilhado, acho que a busca de textos
>> e colaborações é a parte mais fácil. Da minha parte, tenho trabalhado
>> em juntar trabalhos e pessoas que têm pesquisas na área, e posso
>> buscar contatos pra atividades e lançamentos dentro deste circuito,
>> existem centros, núcleos, alunos e professores que podem encampar.
>> p.e. lançamentos - fácil de fazer um na Unicamp, PUC Campinas, PUC-sp
>> e USP (tem ainda o circuito das federais que temos alguns contatos -
>> Manaus, Belém, Recife, Campina grande e Salvador é o que posso
>> tentar). Agora, temos que propor formatos criativos, não ao
>> formalismo academicista e sim festerês com transmissão (web, rádio e
>> TV) e debates bacanas. Pensando direito, acho bem possível.

Se existe uma rede tão grande de contatos, a coisa fica bem mais fácil
para obter novos textos, divulgação, eventos, isso é bom.

>>  Primeiro semestre do ano que vem!!!! Sem perder tempo...

Ué, eu achei que o Digitofagia era pra outubro deste ano?!?

[]'s
Georges

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