Este projeto consiste em construir e operar um detector de raios cosmicos em solo. Raios cosmicos remontam a propria origem do IF-USP (e portanto, da Fisica no Brasil). Foi estudando rarios cosmicos, p.e.g. que Cesar Lattes descobriu o pion. Raios cosmicos sao particulas altamente energeticas que bombardeiam a Terra a todo instante. O detector conta muons (da familia do eletron) de alta energia (cerca de 4 GeV por particula) e tem o objetivo de determinar o angulo de incidencia no plano dos detectores, isso pois nao se conhece a origem desses raios (ateh hoje) e como sao muito energeticos soh devem ser criados em situacoes muito extremas (p. e.g. numa nova). Por isso devem ser oriundos de fonte pontuais. Porem, parece que aqui na Terra essa radiacao eh isotropica. Um pouco mais sobre isso: http://fsc.ufsc.br/~canzian/rcosmicos/index.html Voces podem ver tambem no site da Estacao Ciencia www.eciencia.usp.br > Exposicao > Fis. Nuclear > Raios Cosmicos texto de quem trabalhou com o detector didatico... observem quem diagramou. Nao esquecam de mandar comentarios :DD Objetivos sucintos do projeto : 1. Estudar a eletronica deste detector (familiarizar então com o funcionamento de detectores de particulas). 2. Estudar raios cosmicos (se houver tempo). O projeto consistiria da construcao dos detectores (as canaletas). O equipamento inteiro consiste em 3 detectores "empilhados". Os dados sao enviados para um circuito que exige coincidencia nos planos (i.e., que o sinal tenha ocorrido nos tres planos, e nao apenas em um), filtrando assim muito do ruido de contagens espurias. O circuito entao e' ligado a um computador e um programa em C grava os resultados. Outros programas fazem a analise. Todos os codigos-fonte estao disponiveis. Estando o detector em operacao, e' interessante fazer a medida da curva do numero de contagens pela voltagem aplicada aos detectores, pois verifica-se que ha' uma regiao melhor para a operacao do detector. E' assim tambem que funciona um contador Geiger. Com isso obtem-se a condicao de boa operacao do equipamento, garantindo que a maior parte das contagens sao realmente raios cosmicos. Surge aqui tambem uma boa pergunta para um aprofundamento da eletronica do equipamento: porque ha' essa regiao especifica - i.e., o que essa faixa de voltagem tem de especial em relacao as demais? E' possivel responder essa pergunta ao analisar a arquitetura do detector. Um proximo passo (se houver tempo) seria fazer as medidas propriamente ditas da distribuicao angular de raios cosmicos. Ha' dados suficientes para isso depois de cerca de 1 semana do detector funcionando. Com isso pode-se verificar, dentro do limite de eficiencia do detector, se realmente os raios cosmicos detectados na Terra sao isotropicos, ou apresentam alguma anisotropia (i.e., vem mais de uma direcao especifica e portanto teriam uma fonte localizada). Ha' um detector completo funcionando normalmente ja' montado, no IF-USP. Dois professores envolvidos no projeto do detector MicroSul (nao o didatico) se disponibilizaram a ajudar em tudo, o Prof. Manoel Tiago e Ernst W. Hamburger. Sobre jah tentarem fazer esse experimento, o Prof. Carlin esclareceu a respeito da tentativa anterior, que nao e' o que se pretende fazer aqui. Esse equipamento e' uma versao pequena do grande detector MicroSul que esta' no IAG-USP na Agua Funda. Creio que o projeto eh interessante pois envolve uma fisica muito interessante: dos constituintes da materia. O muon (que e' detectado no aparelho) e' uma particula que pertence a mesma "familia" (grupo) de particulas que o eletron, os "leptons". A diferenca do muon em relacao ao eletron eh apenas a massa. Alem de envolver uma fisica da qual muita teoria pode ser apreendida para a compreensao do que esta' se detectando, o fato de que o projeto sera' construido por nos desde o inicio e que toda parte do equipamento fica entao "exposta" permite nterferir e compreender todos os niveis de um detector - desde o processo que ocorre no interior da canaleta onde o muon interage ateh a interface computacional de aquisicao de dados e analise -- Nao existe nenhuma "caixa preta". Mais questoes interessantes a respeito desde equipamento sao: o angulo de eficiencia e a presenca de ruido. A respeito dessa ultima, como a Desiree levantou em sala, ha' a possibilidade de fazer uma estimativa da eficiencia do detector, usando conceitos da mecanica estatistica (Fis. II) acrescidos ai da presenca do campo eletrico no gas. Uma questao teorica bem interessante e': foi dito que o detector conta muons. Mas isso nao foi demonstrado. Sucintamente, eh tudo. No caso do projeto ser escolhido, o Prof. Hamburger fara' uma breve exposicao de mais detalhes tecnicos. Ou mesmo os interessados podem logo ir mandando perguntas por email e a medida do que eu souber, vou respondendo :) []'s -Leonardo